O candidato à reeleição pelo PL Jair Bolsonaro disse hoje, 23, que, se reeleito, vai escolher ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam contrários à legalização do aborto. “Não vamos discutir aborto no Brasil. E não se esqueçam que, quem se eleger presidente esse ano, indica dois ministros para ocupar o Supremo Tribunal Federal ano que vem. Em sendo reeleito, esses dois que vão para lá jamais serão favoráveis ao aborto também”, disse, em comício em Divinópolis (MG).
Em 2023, duas vagas serão abertas no STF com a aposentadoria dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. É prerrogativa do Presidente da República indicar os novos nomes. Durante o seu governo, Bolsonaro nomeou dois ministros, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.
Há, no STF, uma ação que pede a descriminalização do aborto. Ela está parada sob relatoria da ministra Rosa Weber, atual presidente da Corte. No Brasil, o aborto é permitido em três situações: em caso de estupro, quando há risco de vida para a mãe e se o feto tem anencefalia.
Antes do comício, Bolsonaro fez um passeio de moto pelas ruas de Divinópolis e cumprimentou apoiadores.
À tarde, no deslocamento para Belo Horizonte, o avião que transportava o candidato teve de arremeter antes de pousar no Aeroporto da Pampulha. Mais cedo, uma aeronave havia atropelado uma ave na pista, impedindo outras operações de pouso. A assessoria de Bolsonaro informou que, segundo a FAB, o procedimento é normal.
À noite, Bolsonaro participou de comício no município de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele relembrou os momentos vividos pelo o país durante a pandemia.
“Vocês sabem os momentos difíceis que passamos na pandemia. Lamentamos as mortes. Assistimos muitos governadores fecharam igrejas, que não são fechadas nem em época de guerra. O que é melhor para nós é a nossa liberdade. Eu estava na contramão da história. Falava com convicção. Não errei nenhuma das minhas observações. Eu não fechei uma só casa de comércio no Brasil. Falei que as escolas não poderiam ser fechadas. As crianças são assintomáticas, assim como os jovens são assintomáticos. Contraem e não se percebe. O perigo são os mais idosos e quem tinha comorbidade. Quase quebraram o Brasil, buscando colapsar a nossa economia”, disse Bolsonaro.
Por: Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger