O deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) acaba de chegar ao 91.º Distrito Policial, no Jaguaré, zona oeste, para negociar a redução do valor da fiança de 73 manifestantes detidos esta manhã na USP (a polícia anteriormente tinha divulgado que eram 70).
Do lado de fora, cerca de 150 alunos e funcionários que marcharam a pé do câmpus da USP protestam contra a polícia, aos gritos de “libertem nossos presos” Os estudantes foram detidos depois que a Tropa de Choque desocupou o prédio da reitoria, invadido no dia 2.
Levados de ônibus para o DP, eles estão sendo indiciados por três delitos: desodiência de ordem judicial, dano ao patrimônio público e crime ambiental.
O delegado do 91.º DP, Dejair Rodrigues informou que os estudantes só serão liberados mediante pagamento de fiança.
Inicialmente fixada em R$ 1.050, a fiança teve o valor reduzido para 1 salário mínimo, R$ 545.
Giannazi quer negociar outra redução do valor, o que, segundo o delegado, esbarra em obstáculos legais.
O deputado entrou no DP acompanhado do representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Tiago Aguiar, que convocou uma assembleia geral para as 19 horas para discutir a o operação da PM.
A Polícia Militar fez um cordão de isolamento em volta do prédio do DP.
Os policiais portam escudos.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou uma faixa e meia de trânsito da Avenida Doutor Gastão Vidigal, em frente à delegacia.
Apesar disso, os ânimos permanecem acirrados.
Quando jornalistas de TV entram no ar ou começam gravações, os manifestantes berram “Mentira, mentira!” e ainda “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.”