É celebrado nesta segunda-feira, 14 de novembro, o Dia Mundial de Combate a Diabetes. O objetivo é conscientizar a população quanto a importância da prevenção, disgnóstico e gestão. Durante todo esse mês, é realizada a campanha Novembro Azul, que além de alertar para o câncer de próstata, destaca a diabetes. Na Assembleia Legislativa de Sergipe, algumas leis foram aprovadas sobre o tema.
Entre elas, a Lei nº 8.869/2021, que dispõe sobre a prioridade de atendimento aos portadores de Diabetes, nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde – EAS (hospitais e clínicas) das redes pública e privada do Estado de Sergipe; a Lei nº 7.889/2014, que dispõe sobre o fornecimento de merenda escolar diferenciada, para os alunos portadores de diabetes, obesidade e doença celíaca, nas escolas da rede pública do Estado e a Lei nº 5.488/2004, que Reconhece de Utilidade Pública a Associação de Diabetes Juvenil, com sede em Aracaju.
A diabetes é uma doença crônica detectada quando o organismo deixa de produzir insulina ou não emprega adequadamente a insulina que produz.
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas e a sua principal função é a de facilitar a absorção da glicose (carboidrato simples encontrado em diversos tipos de alimentos com a função de fornecer energia aos organismos a fim de suprir suas necessidades), pelas células, diminuindo a concentração de glicose no sangue. Se não houver esse hormônio, não haverá também absorção de glicose pelas células, elevando então a concentração no sangue, o que caracteriza a diabetes, uma doença crônica detectada quando o organismo deixa de produzir insulina ou não emprega adequadamente a insulina que produz.
Tipos
A doença é dividida em cinco tipos: Diabetes Mellitus Tipo 1, que pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, quando o o pâncreas, responsável pela produção de insulina, não produz o hormônio ou o produz em quantidade insuficiente devido à destruição das células responsáveis por essa produção. Os principais sintomas são sede, fome e emissão excessiva de urina. O tratamento para a manutenção dos níveis normais de açúcar no sangue é feito com acompanhamento regular, aplicação diária de insulina, dieta e exercícios físicos.
A Diabetes Mellitus Tipo 2 é comum em adultos com mais de 40 anos, acima do peso, sedentários e fumantes, mas vem sendo diagnosticada em pessoas jovens devido aos maus hábitos alimentares, sedentarismo e vida estressante. Nesse tipo, ou o pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou a produz normalmente, mas o organismo não consegue utilizá-la de forma correta. Na maioria das vezes, é assintomática. O tratamento é feito à base de medicamentos, reeducação alimentar e exercícios físicos.
A Diabetes Mellitus Gestacional é diagnosticada na gravidez, desaparecendo, na maioria dos casos, logo depois do parto. Algumas mulheres podem desenvolver a diabetes tipo 2 após a gravidez. As pacientes devem seguir à risca as recomendações médicas principalmente no que se refere à ingestão de açúcar e carboidratos.
A Diabetes LADA, chamada por pesquisadores de Diabetes tipo 1,5, que estaria a meio caminho entre diabetes tipo 1 e tipo 2. Como os portadores de DM1, os pacientes produzem anticorpos que atacam as células beta das ilhotas pancreáticas, levando à diminuição secreção de insulina pelo organismo. Mas, diferente do que acontece no DM1, a quantidade de insulina secretada é suficiente para não ser necessária a administração de insulina injetável por mais de seis meses ou um ano a partir do diagnóstico. Quando comparados aos pacientes com DM2, os pacientes com LADA precisam de acompanhamento mais frequente, e insulinização precoce antes que tenham descompensção metabólica.
E a Diabetes tipo MODY é classificada como familiar com idade de diagnóstico precoce (infância, adolescência ou adultos jovens) e modo de transmissão autossômico-dominante (revelado pela presença de três gerações de mesma linhagem afetadas) associado a defeitos no âmbito da secreção de insulina. As formas mais comuns são facilmente controladas com dieta e medicações orais quando necessário.
O exame que detecta a diabetes é que mostra os níveis de glicemia. As pessoas podem também fazer o exame através do aparelho glicosímetro nas unidades de saúde e em farmácias.
Por: Aldaci de Souza/Ascom