As décadas de 70 e 80 foram marcadas por grandes Festivais de Música no Brasil, valorizando a música popular brasileira e revelando grandes artistas.
Sergipe também acompanhou este movimento, pois, além dos Festivais Nacionais, havia vários outros festivais regionais e estaduais dos quais nossos artistas participavam.
Além disso, Sergipe também teve seus festivais, e um dos primeiros que entraram para a história foi o FMPS – Festival de Música Popular Sergipana, na década de 80, cujo primeiro vencedor foi o grupo Cata Luzes.
A sua segunda edição revelou o cantor Mingo Santana, que ganhou o primeiro lugar com a música ‘Sementeira’. Outro festival importante foi o Novo Canto – Festival de Música Estudantil, que em 86, 87 e 88, lançou nomes como Chico Queiroga, Antônio Rogério, Sena e Sergival, Nininho Silveira, hoje Nino Karva, entre outros.
Vale lembrar que o festival gravava um disco com as 10 melhores músicas. Música popular sergipana Intimista, a música popular sergipana surgiu nos anos 1980.
Ufanista, a música produzida optou por temas sempre ligados à nossa cultura, aos aspectos físicos e naturais do Estado, ou simplesmente, à situações ou pessoas do lugar, como pode ser notado em trabalhos do já mencionado grupo Cata Luzes, além dos cantores Paulo Lobo, Lula Ribeiro e Irineu Fontes.
Quanto ao ritmo, variava de blues a rock, passando pelo forró, é claro. Também nessa década, surgiu, de forma acanhada, a bossa nova sergipana, tendo como propiciadores Joubert Moraes, Lina e Marco Preto.
Os encontros culturais em Sergipe tiveram uma participação importante na divulgação de nossa música e ritmos folclóricos. Destaca-se nesse período o Encontro Cultural de Graccho Cardoso, que, em sua edição de 98, aboliu qualquer tipo de música massiva como o axé ou o pagode.
Os demais encontros, sendo os principais o Encontro Cultural de Laranjeiras, o Festival de arte de São Cristóvão (FASC) e o Encontro Cultural de Propriá, que biscavam dar ênfase ao folclore, às manifestações populares e à arte. Nas décadas de 70 e 80, o principal elemento de divulgação dos músicos sergipanos foram, sem dúvida, os bares. Cada dia da semana era destinado a um barzinho.
A Universidade Federal de Sergipe também foi um dos fomentadores da nossa produção musical, embora tenha sido de maneira esporádica, mas, indiretamente, lá se articulava o movimento da música popular do Estado. A UFS promoveu em 1989 o Festival de Música Ecológica, cujo vencedor foi Nininho Silveira, e em 92, o Femufs – Festival de Música Universitária. Em 1997 surgiu uma nova tentativa de articular o Novo canto, mas que não obteve o mesmo referencial das edições anteriores. Projetos como o Prata da Casa e o Projeto Seis e Meia, promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura, incentivaram o trabalho de muitos artistas.
O Canta Nordeste, na década de 1990, estimulou a produção musical de Sergipe, reunindo grandes intérpretes e compositores como Amorosa, Ismar Barreto e Patrícia Polayne. Em nível local, o Sescanção, festival realizado pelo Sistema Fecomércio, pode ser considerado hoje o evento mais articulador da música em Sergipe.
A década de 1990 e a Pausterização da Música O aparecimento da Axé-music começa a tomar lugar no gosto popular estimulado pela mídia. Depois com a prévia carnavalesca inspirada na axé-music baiana, o Pré-caju, e do Forró eletrônico, o processo de gravação da música popular sergipana foi totalmente interrompido.
A onda da forró-music conta com inúmeras bandas locais que são sucesso todo ano. Poderíamos citar Raio da Silibrina, Brucelose, Calcinha Preta, Bando de Mulheres e Chamego de Menina.
Dessa forma, muitos dos artistas de referência dessa música tiveram que buscar outras formas de divulgação de seus trabalhos participando de festivais em outras partes do Brasil, como o de Campos do Jordão ou Maringá, ou tentando divulgar seus trabalhos nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, como Lula Ribeiro, Doca Furtado e Chico Queiroga, mas não fugindo totalmente de suas origens.
Alguns artistas destacaram-se naqueles festivais como a dupla Sena e Sergival. Outros artistas como Amorosa, Rogério tiveram que se adaptar ao mercado dos mass media em um desses momentos, embora buscassem manter um sentido mais artístico e caracterizador da cultura local. LEIA A MATÉRIA COMPLETA DIRETAMENTE NO SITE .
Fonte: http://www.se.gov.br/index/leitura/id/2039/Musica_sergipana.htm