É celebrado nesta sexta-feira, 24, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose (TB). Em atenção à data, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) orienta sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta os órgãos e, principalmente, o pulmão. Em Sergipe, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), foram 1.016 casos confirmados da doença no ano passado.
De acordo com a referência técnica do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Maria Heide Mesquita, a doença infecciosa é a que mais mata no mundo. “É uma data em que a gente estimula ainda mais a busca de casos da tuberculose, servindo como forma de prevenção da doença. Por isso, instigamos as equipes de saúde para que façam um trabalho educativo nos municípios, a fim de alertar à população acerca da doença milenar que continua muito ativa”, ressaltou a referência técnica.
O principal meio de transmissão da doença é por vias aéreas, podendo ser transmitida a partir da inalação de aerossóis contendo bacilos oriundos das vias aéreas, seja durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com a doença ativa. Além disso, ela se manifesta de duas formas: a pulmonar e a extrapulmonar, sendo que a pulmonar ocorre em torno de 90% dos casos. Mas todos os casos devem ser tratados igualmente.
“A principal forma de combater a doença é chamando a atenção da comunidade para os sintomas. Qualquer pessoa com tosse por tempo igual ou superior a três semanas é considerado sintomático para tuberculose, e deve procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para ser investigado. Outros sintomas podem aparecer, como febre vespertina, suor noturno, perda de peso, sangue no escarro, entre outros. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde vem estimulando a fazer tratamento de infecção latente nos casos de TB que estejam infectados pelo bacilo”, explicou.
Já os contatos de pessoas com tuberculose que fizerem o teste tuberculínico com resultado de 5mm ou mais, possuem indicação para fazer tratamento de infecção latente. Esta é caracterizada quando a pessoa tem o bacilo no organismo, mas não está doente, podendo nunca adoecer durante a vida. Neste caso, o risco maior ocorre nos dois primeiros anos de contato.
“É muito importante que os contatos realizem o teste tuberculínico. Agora, temos o IGRA [sigla em inglês para teste de detecção] que está sendo implantado no Estado como piloto no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) para HIV. Ele contempla pessoas com HIV positivo, crianças entre 2 e 10 anos com contato de TB e pacientes imunossuprimidos que vão usar medicamentos que causam imunossupressão. Os pacientes do SAE e do Centro de Referência da Tuberculose estão sendo direcionados para o Laboratório Municipal de Aracaju, situado no Cemar [Centro de Especialidades Técnicas de Aracaju] da rua Bahia, para fazer o IGRA. No Hospital Universitário, o IGRA está em fase de implantação”, relatou a referência técnica.
Quanto ao tratamento, ele é garantido pelo Ministério da Saúde e oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O tratamento da tuberculose em Sergipe é descentralizado para os 75 municípios, e a tuberculose pulmonar deve ser tratada no município de residência. Além disso, temos o Centro de Referência de Tuberculose, onde é feito o acompanhamento de casos pulmonares de difícil diagnóstico, os extrapulmonares ou com resistência medicamentosa”, reforçou.
Com Informações: SES