“Neste momento, a usina (localizada na região de Río Grande, a cerca de 1.100 km a sudeste de La Paz) está sitiada, os trabalhadores não podem entrar, interrompemos o trabalho”, informou Carlos Villegas, presidente da estatal petroleira boliviana YPFB a jornalistas locais.
Em troca da construção da usina, a Assembleia do Povo Guarani (APG) Takovo Mora pede um ressarcimento de US$ 37 milhões, solicitação que “praticamente inviabiliza um projeto que é de interesse nacional”, disse Villegas.
O projeto custa US$ 157 milhões. Um porta-voz da APG, Higinio Coca, explicou a veículos locais: “foi paralisado o trabalho (da usina de Río Grande), porque nós somos claros: pedimos a consulta [ao povo guarani] para este tema e não o fizeram”.
Segundo Villegas, os indígenas não têm direito de propriedade sobre essas terras depois de uma decisão de um Tribunal Agrário Nacional, no último 5 de dezembro, e a licença ambiental entregue posteriormente pelo Ministério do Meio Ambiente.
“Estamos em uma situação na qual a APG sitiou a Usina de Río Grande desconhecendo a resolução do Tribunal Agrácio Nacional, esta resolução nos exime de fazer a consulta”, explicou Villegas.
Uma missão oficial, liderada pelo ministro de Hidrocarbonetos, José Luis Gutiérrez, dirigiu-se para o local para abrir negociações com os guaranis, segundo fontes de seu escritório.
Redação imprensa 1 ( com informações do Portal Folha )
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