A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) realizará, nessa quarta-feira (23), às 16h, Sessão Solene em homenagem a chancela da Praça São Francisco. Comemoração é pelo título de Patrimônio Cultural da Humanidade entregue pela Organização das Nações Unidas pera a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 01 de agosto de 2010. A Sessão Especial é uma propositura do deputado estadual Paulo Júnior (PV). Na oportunidade, personalidades sergipanas que participaram do processo de conquista da titulação serão homenageadas.
“É uma oportunidade onde a Casa Legislativa vai poder homenagear aqueles que foram importantes nessa conquista, entidades não-governamentais e governamentais, e as pessoas que tiveram participação fundamental para que Sergipe e São Cristóvão conseguissem esse título de Patrimônio da Humanidade. São 13 anos em comemoração à chancela, um título concedido pela Unesco e eu tenho certeza que isso é muito importante para a cultura sergipana, para valorização da cultura são-cristovense e também brasileira. A Praça São Francisco está entre os 17 patrimônios culturais da humanidade do Brasil.
De acordo com o parlamentar, a gestão municipal de São Cristóvão tem se debruçado sobre campanhas para conscientização da importância desse título no cenário nacional. Considera que o patrimônio cultural brasileiro é de fundamental importância para a memória, para a identidade de um povo.
“Eleva a nossa cidade no calendário cultural de eventos do nosso país e também do nosso estado porque eu tenho certeza que são conquistas e aquele projeto arquitetônico da praça São Francisco tem um significado muito importante, tanto do ponto de vista cultural como também histórico para Sergipe e para o Brasil”, enfatizou.
Histórico
Em 01 de agosto de 2010, a Praça São Francisco foi inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO com base nos critérios de valoração da Convenção do Patrimônio Mundial e representa a fusão de padrões urbanísticos do período da União das Coroas portuguesa e espanhola, mantendo íntegro um ambiente em que, além da arquitetura significativa, se praticam manifestações culturais tradicionais, como a Procissão de Passos.
Ela se constitui de um espaço quadrilátero composto de edifícios públicos e privados como a Igreja e o convento São Francisco e foi traçada segundo Ordenação Filipina. Ao se tornar patrimônio em nível global, tanto pelo seu valor histórico como sociocultural, a praça configura-se como lugar de memória coletiva para os moradores, bem como local com potencialidades para o desenvolvimento do turismo, a exemplo de outros sítios históricos espalhados pelos cinco continentes
A cidade de São Cristóvão
São Cristóvão foi fundada por Cristóvão de Barros, que chegou à região em 1589. A cidade, entretanto, sofreu sucessivas mudanças até firmar-se no local atual, em 1607, palco de lutas violentas causadas pela invasão holandesa. Foi a primeira capital do estado de Sergipe e é a quarta cidade mais antiga do país.
Em 1657 chegam à cidade os franciscanos, que proporcionaram a São Cristóvão o mais expressivo conjunto arquitetônico remanescente da cidade, que compõe a Praça de São Francisco.
Os primeiros tombamentos em São Cristóvão ocorreram entre os anos de 1941 e 1944 e protegeram monumentos isolados. O conjunto arquitetônico e urbanístico do Centro Histórico foi tombado em 1967. São dez os bens tombados individualmente:
- Igreja e Convento Santa Cruz – Convento São Francisco
- Igreja Matriz de Nossa Senhora das Vitórias
- Sobrado à Rua Getúlio Vargas S/N – Restaurante Solar do Parati
- Igreja e Convento de Nossa Senhora do Carmo e Igreja da Ordem Terceira
- Sobrado à Rua Messias Prado N°20 – Restaurante do Japonês
- Igreja de Nossa Senhora do Amparo
- Antiga Ouvidoria – Casa do Iphan em São Cristóvão
- Antiga Santa Casa de Misericórdia – Lar Imaculada Conceição
- Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos
- Capela do Antigo Engenho Poxim
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Foto Destaque|Capa: Cleverton Ribeiro/MTur
Fonte: Com informações do Iphan
Por Júnior Matos/Agência de Notícias Alese