A redução dos índices de criminalidade do Brasil não depende apenas do investimento em segurança pública. Foi isso que defendeu a deputada federal por Sergipe Katarina Feitoza (PSD), no podcast Casa de Sopapo. À jornalista Katia Santana, ela afirmou que é necessária uma série de políticas públicas aliadas ao fortalecimento da área no País, para enfrentar o problema de forma precisa.
“Só conseguimos reduzir a criminalidade se você tiver, aliada a uma boa política de segurança pública – a valorização dos policiais, as boas técnicas investigativas, e o fortalecimento das polícias ostensiva e investigativa e de inteligência –, políticas de educação, de saúde, de lazer, de cultura”, explicou a parlamentar, que foi delegada-geral da Polícia Civil de Sergipe por oito anos.
Na avaliação de Katarina, as políticas públicas são especialmente importantes para crianças e adolescentes, a fim de que, segundo ela, tenham acesso a condições dignas e boas oportunidades. “Você tem que ter uma série de políticas que tirem as nossas crianças das ruas, que quebram paradigmas; que a criança de uma determinada localidade não tenha o traficante como herói”, frisou a deputada.
Além disso, a parlamentar criticou a ideia de que a solução para diminuir as taxas de criminalidade do País envolva o aumento da letalidade policial. “‘Ah, esse menino com 15 anos é um bandido. Aí a polícia entra lá e mata’. Pronto, e aí? ‘Ah, parabéns. Bandido bom é bandido morto.’ Outras crianças estão vindo aí para a mesma coisa, e a gente nunca vai conseguir resolver isso”, destacou.
A fala de Katarina vem na esteira de críticas de setores da sociedade aos índices de letalidade das polícias do Brasil. Segundo dados do Anuário do Fórum de Segurança Pública deste ano, foram, em média, 17 pessoas mortas por dia no País vítimas de policiais durante 2022. Ao todo, foram 6.430 mortos – redução de 1,4% em relação a 2021, quando o número foi de 6.524 vítimas.
Por: Kátia Santana