Aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), o Projeto de Lei nº 531/2023, de autoria do deputado Luciano Pimentel (PP), declara a obra do cantor José Augusto Sergipano, do município de Aquidabã, como Bem de Interesse Cultural. O objetivo é reconhecer a importância cultural e social da obra do artista.
O cantor, José Augusto, nasceu na Avenida Santa Terezinha, no bairro da Baixinha, em Aquidabã, Sergipe, onde fez os primeiros estudos, e depois veio morar em Aracaju, concluindo o segundo grau. Em 1953,estudava e trabalhava na primeira linha de ônibus coletivo da capital sergipana.
Sendo um dos seis irmãos, era o filho mais novo de Maria Adolfina Costa e de Januário Bispo dos Santos. O jovem José Augusto cantava nas festinhas das escolas e festas de aniversários, pois sua vocação para cantor aflorou na juventude. Gravou mais de 200 músicas, em 22 LPs, iniciando a sua carreira de cantor na Gravadora Chantecler, realizando seu grande sonho, gravando também em outras gravadoras.
O seu nome “estourou” nos principais programas radiofônicos da capital paulistana, fazendo sucesso retumbante, admirado pelos nordestinos e pelos brasileiros de um modo em geral. Viajou por todo o país fazendo shows, apresentando-se em palcos dos cinemas (na época os cinemas eram os principais locais para a apresentação dos artistas).
As emissoras de Aracaju tocavam os seus discos diariamente, fato que se repetia em todo o Brasil. Cumprindo sua extensa agenda, sofreu um acidente de carro próximo da cidade de Feira de Santana.
Ele morreu na hora, com apenas 45 anos. O corpo foi sepultado no jazigo da família, no Cemitério Santa Isabel, em Aracaju.
José Augusto escreveu seu nome na história da música brasileira, construindo uma carreira brilhante, que serviu de inspiração para tantos artistas sergipanos. Nos anos 60, ele chegou a ocupar as primeiras posições nas paradas de sucesso, ao lado de Roberto Carlos e da banda inglesa Beatles. A sua voz ficou registrada em mais de 200 músicas, em 22 discos gravados”, observa Luciano Pimentel.
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Por Aldaci de Souza/ Ascom da ALESE