A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) foi selecionada para participar do Projeto Saúde em Nossas Mãos Triênio 2024-2026. A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto Oswaldo Cruz (FioCruz) e os seis hospitais de excelência que fazem parte do Proadi-SUS (Beneficiência Portuguesa de São Paulo, HCor – Associação Beneficente Síria, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês), com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
O objetivo do Saúde em Nossas Mãos é reduzir a incidência das principais infecções hospitalares nas unidades de terapia intensiva (UTIs), disseminar o modelo de melhoria para outras unidades de saúde e hospitais, demonstrar o impacto financeiro com a prevenção das infecções, e a longo prazo, contribuir com a mudança da cultura das organizações de saúde com relação à segurança do paciente. O projeto teve início em 2017 e foi executado no triênio 2018-2020, inicialmente com 116 hospitais com UTI adulto, e em 2021-2023, com 188 hospitais com UTI adulto, pediátrica e neonatal.
De acordo com a coordenadora geral do Saúde em Nossas Mãos, Cristiana Prandini, os resultados foram muito bons, com a redução significativa das infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras). “Foram 15.077 infecções evitadas e 5.504 vidas salvas, então resolvemos ampliar o número de hospitais participantes”, disse.
Redução
A meta é reduzir 50% das infecções mais comuns nas UTIs, como a infecção primária de corrente sanguínea laboratorialmente confirmada (IPCSL), a infecção do trato urinário associada a cateter (ITU-AC) e a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV).
A MNSL foi uma das 300 instituições selecionadas para o triênio 2024-2026 e, por isso, participou da reunião virtual de lançamento do Projeto Saúde em Nossas Mãos, nessa terça-feira, 20, de forma online, para 300 hospitais no Brasil simultaneamente. Esta é a terceira etapa do projeto, e a MNSL vai fazer parte durante dois anos e meio, iniciando neste mês de agosto e seguindo até dezembro de 2026.
De acordo com a superintendente da MNSL, Lourivânia Prado, a reunião foi o pontapé inicial das atividades para iniciar o projeto. “Nós já temos um trabalho aqui na maternidade visando à redução dessas infecções, tanto com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), quanto com o Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente, mas é importante atualizarmos as nossas ferramentas, pois essas infecções são a primeira causa de morte no mundo, mas são evitáveis. Por isso, vamos sensibilizar, cada vez mais, os nossos colaboradores. Queremos ver as nossas mães e bebês saírem bem sem nenhum problema”, enfatizou Lourivânia.
A Referência Técnica da CCIH da maternidade, Magaly Medeiros, compartilha da mesma opinião da superintendente. Para ela, o projeto vai ser muito importante para dar continuidade ao trabalho já realizado na maternidade e vai ajudar também com novas tecnologias, treinamentos e aperfeiçoamentos. “Cumprindo todos os protocolos, vamos reduzir o risco de infecções nas nossas unidades e, consequentemente, o número de óbitos neonatais”, completou Magaly.
Foto: Ascom/SES
Por: Ascom/SES