Colocar o nome à disposição para liderar um grupo requer, além de coragem, o esforço de entender quem são seus componentes e quais são as suas necessidades. Por isso, traçar um perfil da advocacia sergipana possibilita entender a realidade da classe, as potencialidades e os desafios que a seccional enfrenta, visando alinhar, a partir da participação ativa dos profissionais, metas rumo ao aperfeiçoamento da Ordem.
Segundo o 1º estudo demográfico da advocacia brasileira, lançado em abril deste ano pela Ordem dos Advogados do Brasil Nacional e a FGV Justiça, em Sergipe, os advogados são, em sua maioria, mulheres, que representam 52% do total. A média de idade dos profissionais no estado é de 39 anos, uma das menores do país, juntamente com Roraima (39), Maranhão (39) e Piauí (38).
Um dos dados mais alarmantes trazidos pelo estudo é que Sergipe ocupa a antepenúltima posição em renda individual ligada à advocacia entre as unidades da federação. No estado, 43% dos advogados se encaixam na menor faixa de renda salarial e recebem até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 2.640. Os resultados mais negativos foram registrados no Piauí (45%) e na Paraíba (48%).
O estudo também revela que a advocacia sergipana é predominantemente jovem, se considerado o tempo de atuação na classe. No estado, os advogados com até 5 anos no exercício da advocacia representam 34% do total, enquanto apenas 6% atuam há mais de 20 anos.
Para os idealizadores do levantamento, a juventude da área reflete, em parte, sua atratividade como campo profissional, mas no caso de Sergipe, é preciso considerar carências da atual gestão, como a defesa de prerrogativas e a geração de oportunidades para o aperfeiçoamento profissional, que colocam em risco a carreira dos jovens advogados.
Conforme o estudo, entre os profissionais sergipanos, 31% relataram que o desrespeito às prerrogativas e honorários foi uma experiência vivenciada durante sua carreira. Outros 9% preferiram não responder. Entre aqueles que formalizaram reclamação ao ter prerrogativas ou honorários aviltados, 12% afirmaram que não receberam o devido apoio da OAB. Em contrapartida, 63% preferiram não responder.
Outro dado alarmante chama a atenção e requer um olhar mais atento. Sergipe também supera a média nacional no tocante ao número de profissionais que desempenham outra atividade profissional além da advocacia. No menor estado da federação, o índice é de 28%, enquanto, no Brasil, o percentual é de 26%.
Diante deste estudo, uma boa parte da classe dos advogados de Sergipe vem questionando sobre o atual presidente da OAB/SE, Danniel Costa, recebe um salário quase oito vezes maior comparado a maioria dos advogados sergipanos.
Desta forma, a categoria busca meios para que a valorização profissional seja algo primordial para isso, se faz necessário mudar o que está ruim, que desta forma a OAB de Sergipe venha a sair da mesmice.
Sendo assim, neste pleito eleitoral se faz necessário um reflexão do que a classe quer HOJE.
O portal Imprensa1 está a disposição da diretoria da OAB de Sergipe para nos trazer mais informações sobre a situação dos advogados que não possuem sobrenome ou que precisem de uma atenção/suporte.
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Por: Marcos Santos