“Ser campeão é fácil. Difícil é se manter vencedor”. É com essa frase que o lutador de kickboxing Williames Chacal resume sua trajetória.
Aos 35 anos, o esportista do Bolsa Atleta, programa de incentivo e apoio da Secretaria da Juventude e do Esporte (Sejesp), comemora mais uma vitória: ele foi convocado a compor o time brasileiro que disputará o Sulamericano de Kickboxing, que acontece de 12 a 15 de dezembro no Rio de Janeiro.
O convite feito a Chacal não pode ser tomado como surpreendente. Com 21 anos dedicados ao esporte, o desempenho do atleta não é nada menos que impressionante – o lutador está em 4º lugar no ranking nacional, foi Campeão Brasileiro e melhor atleta da modalidade em 2012, conquistou o 6º lugar no Panamericano do ano passado e em 2013 foi campeão do WGP, competição realizada em agosto, em São Paulo, que é a mais importante do Brasil e da América Latina.
“O tempo que eu pratico o esporte não faz diferença. Tenho que me manter organizado e disciplinado da mesma forma. Em um torneio como o WGP não é fácil, todo mundo quer disputar uma vaga, o evento é televisionado para mais de 170 países e ainda serve como seletiva para competições internacionais. Fui o único representante do nordeste e consegui vencer a luta no terceiro round”, conta.
Convocado pela Confederação Nacional de Kickboxing, Chacal, que enfrenta uma rotina de 6 às 8h de treinos diários e também é professor, viaja para São Paulo em novembro para um treinamento intensivo junto à seleção antes do grande evento.
“Sem o Bolsa Atleta, eu iria parar”
Com 35 anos, Williames é o bolsista mais velho entre os 80 esportistas contemplados pelo programa desenvolvido pela Sejesp. “Cheguei a um ponto da minha vida que estava pronto para parar de competir. O Bolsa Atleta fez toda diferença, me incentivou a ir mais longe, a buscar maiores resultados. Essas conquistas não são apenas troféus, são realizações pessoais”, diz.
Confiante e ainda com grandes expectativas, Chacal diz se imaginar nos tatames até os 40 anos. “Hoje em dia não penso mais em desistir, ainda existem muitas possibilidades e oportunidades. Enquanto eu ainda tiver gás, seremos o esporte e eu. Sou dependente dele”, fala. Com certeza serão cinco anos bastante agitados.
Fotos: WGP
Por: Michelle Almeida