A Assembleia Legislativa prestou uma homenagem aos médicos de Sergipe nessa quinta-feira,dia 31, pela passagem do dia dedicado a eles. Diversos deputados, autoridades e personalidades médicas compareceram ao evento. A homenagem foi uma propositura da presidente da Casa, a deputada e também médica Angélica Guimarães (PSC).
Vários médicos receberam a homenagem prestada pelo Parlamento estadual com a outorga da Placa de Médico Amigo. Entre eles, os médicos Angélica Maria Henriques Guerra, Antonio Carlos Sobral Souza, Carlos Alberto Melo Santiago, Cleide Selma Melo Menezes, Cleide Vilma Melo Leite, Djenal Gonçalvez Soares, Gildo Andrade Simões, Helio Araújo Oliveira, Helio de Andrade Silva, Ivaldo Santa Rita, Joel Torres Santos, Joelia Silva Santos, José Joaldo Menezes Ribeiro, Luiz Eduardo Oliveira de Andrade, Maria de Fátima de Siqueira Peixoto, Maria do Carmo Correia, Maria Luisa Passos Dias de Oliveira, Rosa Amélia Andrade Dantas, Sonia Lima Marcena de Santana e William Eduardo Nogueira.
Em seu discurso de saudação aos homenageados e presentes que lotaram o plenário da Assembleia, a deputada destacou que como tem ocorrido em anos anteriores, “por nossa iniciativa, esta Casa, durante o mês de outubro, realiza solenidade para homenagear aqueles que, no dia-a-dia de suas funções, têm merecido o nosso reconhecimento pelo seu trabalho, o que nos motiva a lhes entregar a placa de Médico Amigo 2013”.
Angélica Guimarães acrescentou que no Brasil, analfabetos em saúde pública, se trancam em gabinetes em Brasília e decidem como gastar bilhões de reais para transformar a saúde “através do Mais Médicos e zero de estrutura. Neste país, remunera-se mais, e muito mais, quem julga do que quem salva vidas. Por isso, o nosso Brasil é um País doente. Estatísticas indicam que mais de 150 milhões de brasileiros dependem do sistema único de saúde (SUS), para obter a assistência médica indispensável e garantida pela constituição”.
A parlamentar disse ainda que poucos se dão conta da importância do médico, em todos os dias e horas do ano. “O subfinanciamento da Saúde no Brasil, por parte da União, proporciona aos médicos e aos profissionais da saúde em geral, péssimas condições de trabalho, carga horária desumana e remuneração na contraprestação dos aviltantes serviços prestados. Sem nenhuma duvida, não fosse o grandioso compromisso da nossa classe médica, que chega ao ponto de se conformar com tão atroz espoliação do trabalho profissional, não haveria SUS e muito menos atendimento à população brasileira”.
A presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe, Rosa Amélia Andrade Dantas, disse que “é uma honra muito grande receber esta homenagem. Nós que somos uma categoria profissional que estamos presentes nas vidas das pessoas desde o momento que nascem até a morte. Temos defeitos sim, mas também temos qualidades. É um momento muito difícil da Medicina. Vamos tentar tirar uma dor, retardar uma morte. Ninguém nunca pensou que esse profissional, já chamado de curandeiro e de bruxo, tem o poder sobre a vida e a morte. E nós não temos!”.
“Nós precisamos de melhores condições de trabalho, de salários dignos. Nós pagamos contas no supermercado, o telefone, temos filhos e precisamos, assim como outras categorias, justamente ser remunerados. Precisamos também do plano de cargos e salários. Agradeço essa oportunidade como uma das mais importantes em minha vida e espero que essa Casa tenha uma atitude firme com relação as políticas de saúde e o programa Mais Médicos nesse Estado”, completou.
Foto:imprensa1
Fonte: Habacuque Villacorte, da Agência Alese