A deputada Linda Brasil (PSOL) usou a Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) nesta quarta-feira, 2, para falar sobre o desligamento de servidores do quadro funcional da Fundação Hospitalar da Saúde (FHS).
“Todo o processo de sucateamento e desvalorização dos profissionais de saúde é para privatizar os equipamentos públicos. Essa é a lógica. Congelar os investimentos na saúde, educação, previdência social, assistência social e cultura é parte do projeto neoliberal de sucateamento do bem público para uma consequente privatização”, declarou a deputada Linda Brasil.
A parlamentar voltou a falar que o número de aprovados no concurso da Secretaria de Estado da Saúde não supre a necessidade do quantitativo de servidores que estão sendo desligados. “Ao todo estão sendo demitidos 1.149 profissionais, e que seriam desligados mediante a convocação de novos profissionais via concurso público que tem ofertou mais de 800 vagas. Outra denúncia é que alguns profissionais contratados via Organizações Sociais (OS) não tem formação para exercer algumas funções sobrecarregandos os servidores que estão de folga”, falaram.
O deputado Georgeo Passos (Cidadania) também falou sobre as demissões. “Todos nós sabíamos que já existia um processo, mas nele ficou feito um acordo que os PSS seriam substituídos por concursados. Infelizmente, não é isso que nós estamos vendo. Inclusive ontem falei da demissão que aconteceu na maternidade de Nossa Senhora de Lourdes, na lista mais de 40 nomes de pessoas, e aí a nossa preocupação com a assistência do povo de Sergipe”, disse o deputado Georgeo Passos.
O deputado Marcos Oliveira (PL) também falou sobre as demissões de servidores da FHS. “Os problemas das OS que estão iniciando no Estado de Sergipe. Mas, os das demissões em massa de diversos servidores está acontecendo algum tempo. Temos que continuar cobrando para assegurar os direitos constituicionais destes trabalhadores”, afirmou.
Pré-Natal Psicológico
Ainda na Tribuna, a deputada Linda Brasil falou sobre um projeto de lei protocolado na Alese, e que, institui o pré-natal psicológico nas Unidades Básicas de Saúde. A ação tem como objetivo a garantia que toda mãe e pessoa que gesta tenha acesso a cuidado integral, com acompanhamento físico e de saúde mental.
“O PL de pré-natal psicológico que propomos busca acolher essa vivência de forma humanizada e interdisciplinar, com o acompanhamento de psicólogo(a) e também de assistente social, porque sabemos que a saúde mental não pode ser dissociada das condições sociais e afetivas, em que essa essa mãe e pessoa que gesta está inserida.O papel da psicologia será o de escutar, apoiar, prevenir adoecimentos emocionais como a depressão perinatal, os transtornos de ansiedade, o luto gestacional”, justificou a deputada Linda Brasil.
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese
Por: Junior Matos/Alese