O caso do desaparecimento da estudante de direito, Débora Mirachi, completou dois meses ontem, 12. Na manhã desta quinta-feira, 13, o cunhado da vítima, Ronei de Souza falou com exclusividade ao programa Liberdade Sem Censura, da Rádio Liberdade FM, sob o comando de Evenilson Santana.
Ronei revelou que a família continua acreditando que a vítima esteja viva. Ele acredita que Débora esteja enfrentando um surto psicótico. “Ele vinha passando por tratamento psicológico e tomando medicamentos controlados”, disse.
Para ele, a vítima está vagando pela cidade sem se lembrar do próprio nome. “Temos muitas informações de que ela estaria nas imediações do Ipes. Um policial militar me ligou e afirmou que ela foi vista ontem, entrando em um veículo celta, com a lateral batida e dirigido por um homem moreno e de cabeça raspada”, afirmou.
De acordo com ele, todas as informações passadas são de que ela estaria nessa região. “Estamos checando tudo e contando com a colaboração da polícia que tem se empenhando ao máximo para achar a Débora, mas sabemos que casos como esses são difíceis e precisamos contar com a colaboração da sociedade”, disse.
Segundo o cunhado, a família acredita que discussão com uma professora possa ter contribuído para o sumiço da jovem. “Analisando os fatos com mais calma passamos a identificar alguns sinais de que, talvez, ela já estivesse entrando em surto. Débora vinha falando para minha esposa (irmã da vítima) de que estaria sendo perseguida por uma professora, no entanto, sabemos que pessoas que apresentam esse problema de saúde, têm mania de perseguição”, frisou.
O problema de saúde o qual Ronei se refere seria o transtorno bipolar. “O humor dela variava muito. Ela ia de um pólo de extrema euforia a depressão em minutos e, por causa disso, teve que fazer tratamento e se esse medicamento fosse suspenso ela entraria em surto”, disse.
Entenda o caso
A universitária desapareceu no dia 12 de dezembro de 2013, quando saiu de casa sem dizer para onde ia. O veículo de Débora, um Cross Fox, foi encontrado pela própria família, no final da rodovia Inácio Barbosa [antiga rodovia José Sarney], no Mosqueiro, em Aracaju. O veículo estava trancado, sem as chaves e com todos os pertences da vítima: documentos e cartões bancários.
Por Bruno Almeida