O deputado estadual Capitão Samuel (PSL) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde de hoje (31), para rebater o pronunciamento feito anteriormente pelo líder do governo, deputado Francisco Gualberto (PT) e fazer a defesa do senador Eduardo Amorim (PSC). Ao responsabilizar o senador pela demora na tramitação do empréstimo (Pró-Redes), o petista criticou a passagem do senador como secretário de Estado da Saúde, há 10 anos, e o então governador João Alves Filho (DEM).
“Querem o apoio de João Alves e atacam o negão? Dizem que a Saúde do negão fedia e estão precisando do apoio dele! Imagine se não precisasse? Dizendo que fedia, que era ruim e que não prestava? E agora? Agora perfeita foi a Saúde que João Alves recebeu quando assumiu a Prefeitura! Aquilo é que era exemplo de gestão municipal de Saúde! No orçamento nós aprovamos mais de R$ 2 bilhões para a Saúde Estadual e é essa a realidade”, criticou o deputado Capitão Samuel.
Antes de mudar o assunto, o também deputado Augusto Bezerra (DEM) provocou em aparte. “Todo mundo quer o apoio do Negão! João Alves é cheiroso e todo mundo está querendo o apoio dele! Agora o que fede mesmo são essas Fundações. Eu já pedi a presidência da Casa e solicito mais uma vez: coloque para andar essa CPI das Fundações. Temos que começar esse trabalho logo porque precisamos dar uma resposta à sociedade. As fundações devem a Deus e ao mundo”.
Em seguida, Samuel colocou que “esse governo só vive de empréstimos! Cadê os 27 mil empregos que seriam gerados com o Proinvest? Disseram que Sergipe ia acabar sem aquele empréstimo! Não conseguiram licitar R$ 10 milhões dos R$ 600 milhões e o povo é quem já está pagando juros! Ficam enganando o povo com propagandas como a da refinaria onde o investidor encontra-se preso na Polícia Federal! São 14 assinaturas e ainda querem dizer que Amorim está interferindo? São 14 porque têm parlamentares, do nosso grupo, que são independentes para decidir!”.
Samuel explicou que em Alagoas, anos atrás, o governo chegou a atrasar por seis meses os salários dos servidores por tantos empréstimos tomados. “Na hora de pagar, tiraram das costas dos servidores públicos! Esse projeto de empréstimo veio tão errado que o governo já o reenviou. Eu sou contra se votar mais empréstimos nesta Casa por acreditar que eles não vão resolver o problema da Saúde. Isso é má gestão. Agora eu já vi uma Energipe sumir no ano eleitoral, imagine R$ 240 milhões”, alfinetou, defendendo que os servidores do Samu sejam ouvidos e participem das discussões sobre o Plano de Cargos e Salários.
Por Habacuque Villacorte, da Agência Alese