
De acordo com Emanuele, várias entidades subscreveram a nota de repúdio. “Essa nota de repúdio vem a público repudiar as agressões verbais sexistas do vereador Agamenon Sobral, que na última terça-feira, 3/6 ultrapassou os limites, não só do decoro parlamentar, mas também do respeito à sociedade sergipana, em especial às mulheres trabalhadoras”, declarou Emanuele.
De acordo com a nota apresentada pela representante da MMM, o ápse da grosseria ocorreu quando Agamenon agrediu verbalmente, por duas vezes, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Enfermagem de Sergipe, Flávia Brasileiro. A primeira agressão ocorreu quando a sindicalista encontrava-se na sala da presidência da Casa Parlamentar, e depois quando a representante da categoria ocupada a tribuna Livre.
“É flagrante que o vereador já vez uso de expressões consideradas impróprias ou acusações levianas, sem comprovação aos colegas vereadores. Esse triste episódio comprova mais uma vez que o vereador Agamenon Sobral não tem se mostrado digno de exercer um mandato de parlamentar, e quiçá, um cidadão que saiba os seus direitos e deveres dentro de um Estado democrático de Direito”, ressaltou Emanuele.
Para Lucimara Passos (PCdoB) o colega Agamenon além de machista é extremamente grosso. “Quero mais uma vez reafirmar o que foi dito aqui não só para essas entidades representadas por Emanuele, mas de todas as mulheres que são agredidas aqui, pelo vereador Agamenon. Nossa luta é também por qualidade de vida, para que possamos sair às ruas a não sofrer tantas agressões e outros tipos de violência. Na minha avaliação o vereador Agamenon além de ser extremamente grosso ele é machista e me sinto agredida nas suas colocações neste Parlamento”, disse a vereadora.
O vereador Iran Barbosa (PT) também se posicionou contra as agressões do colega parlamentar. “Gostaria de dizer que este ato organizado, pelas mulheres, tem o apoio de homens que não aguentam mais esse tipo de agressão feitas pelo vereador Agamenon. Que ele repense o teor dos discursos com mentiras e calúnias nessa Casa. Isso não constrói democracia e não combina com o momento que vivemos. Que Agamenon continue fazendo o papel dele mas dentro das regras do decoro parlamentar”, reforçou Iran.
Licas Aribé (PSB) também defendeu as representantes sindicais. “Esse é o clamor de todas as mulheres que procuram respeito e tratamento igual. Portanto me solidarizo com todos que são agredidos diariamente nesse Parlamento”, defendeu o vereador.
Por Nailton Andrade
Foto: Acrísio Siqueira