Com base em pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM), em que mostra que somente 142 médicos trabalham e residem no interior de Sergipe, o vereador Dr. Agnaldo (PR) destacou nesta terça-feira, 26/2, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), a precária situação da saúde nos mais diversos municípios sergipanos. “Atualmente 95% dos médicos estão na capital, isso acontece porque não há um projeto concreto de interiorização da saúde”, ressalta o parlamentar.
Diante do atual quadro, Dr. Agnaldo afirma que não basta incentivo salarial para que os médicos passem um tempo limitado nas regiões mais remotas. “É preciso que os profissionais tenham estrutura necessária ao atendimento da população. Hoje todos os cinco hospitais regionais do Estado funcionam de forma precária. O de Lagarto; de Itabaiana; de Nossa Senhora da Glória, Estância e de Propriá”, disse o vereador.
O parlamentar garante que a falta de médicos no interior causa uma grande migração de pacientes para serem atendidos na capital. “Diariamente verificamos um grande número de ambulâncias e de carros vindos do interior transportando pacientes para as Unidades de Saúde de Aracaju. O mais grave é que, muitas vezes, esses veículos não possuem estrutura adequada para transportar doentes e muitos acabam morrendo a caminho”, lamenta Dr. Agnaldo.
Para o vereador é preciso repensar o modelo de assistência. “Em Aracaju existem 43 postos de saúde e a maioria tem problemas estruturais. É o caso da Unidade de Saúde, Carlos Fernandes de Melo, localizado no Bairro Lamarão, Zona Norte da capital. Nesse posto não há banheiros. Já na unidade Lauro Dantas que fica localizada no Jardim Centenário, as instalações são inadequadas. O espaço contempla somente 12 cadeiras quando seriam necessárias 80 para atender a demanda de pacientes que buscam assistência diariamente nesse posto”, enfatiza Dr. Agnaldo.
Operação Cajueiro
Além da situação da Saúde pública, o vereador usou a Tribuna para relembrar a Operação Cajueiros que no último dia 20 deste mês completou exatos 37 anos. A Operação foi adotada pelo Exército para prender 25 pessoas que lutavam em defesa da redemocratização do Brasil, mas foram acusadas de ser subversivas e por causa disso foram torturadas nas dependências do 28º Batalhão de Caçadores, em Aracaju.
Foto: Andressa Barreto
Fonte: Ascom/CMA