O deputado federal e candidato derrotado ao Senado, Rogério Carvalho (PT), concedeu entrevista nessa quarta-feira, 15, no programa Liberdade News, sob o comando dos radialistas Magna Santana e Eli Augusto, na Liberdade FM e soltou o verbo contra o ex-governador Albano Franco. Na visão de Rogerio, Albano manipulou as pesquisas de intenção de votos para o Senado para beneficiar a candidatura do filho, Ricardo Franco, primeiro suplente da senadora reeleita, Maria do Carmo (DEM).
De acordo com Rogério, na véspera da eleição, a televisão, de propriedade de Albano, divulgou pesquisa apontando uma diferença de mais de 27 pontos percentuais favoráveis a Maria do Carmo, o que não se concretizou na apuração dos votos, tendo em vista que a diferença final ficou em pouco mais de 3% dos votos válidos. “Houve uma trapaça de Albano Franco contra o povo sergipano. Na véspera da eleição ninguém consegue tirar uma diferença de 27 pontos percentuais”, afirmou.
Para Rogério, essa é uma forma de enganar o eleitor. “Houve trapaça na divulgação e a gente sabe que o ex-governador Albano já fez isso em outros momentos e ultrapassou os limites com o povo de Sergipe. Ele desrespeitou a opinião pública e ao eleitor ao usar os meios de comunicação de sua família para manipular informações e dar a impressão que lhe interessava ao eleitor e isso é trapaça”, desabafou.
Rogério lamentou a situação e ressaltou que os seus eleitores, pouco mais de 420 mil, se sentiram enganados por causa das pesquisas. “Quem votou em Rogério para senador se sente lesado porque votou acreditando que eu poderia representa-los. Essas pessoas acreditaram em mim e estão se sentindo lesadas”, frisou.
“A pesquisa, quando se tratava de Jackson Barreto, era real, mas quando se tratava dos interesses da família Franco, era manipulada e lamento que o Ibope tenha se prestado a esse papel e vou fazer pronunciamento no Plenário da Câmara denunciando isso”, destacou Rogério ressaltando que a Justiça Eleitoral deveria proibir a divulgação de pesquisas por meios de comunicação que têm familiares envolvidos no processo eleitoral. “Esse foi um desrespeito às instituições e a Justiça Eleitoral. Isso é uma forma de manipular e, infelizmente, não há brechas para punir esses institutos que causaram grandes danos ao processo eleitoral”, completou.
Por Bruno Almeida