Em evento do PSB em apoio à candidatura à Presidência da República de Aécio Neves (PSDB), na noite dessa terça-feira, 21, na Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe, o senador Antônio Carlos Valadares conversou com a reportagem do Imprensa1 e mandou um recado, nas entrelinhas, para o governador Jackson Barreto (PMDB): “Eu só quero quem me quer”, disse.
A polêmica entre os dois surgiu depois que a executiva nacional do PSB decidiu apoiar a candidatura de Aécio Neves. Valadares seguiu a orientação do partido que, em Sergipe, tem o vice-governador eleito na chapa encabeçada por Jackson, Belivaldo Chagas. Jackson queria o apoio do senador para a presidente Dilma Rousseff (PT), sua aposta no pleito do próximo domingo, 26.
“Quero um País novo mais participativo e mais preocupado com os problemas das cidades. Quero ações que transformem o Brasil”, afirmou. Para Valadares, o apoio ao PSDB segue a mesma logica do primeiro turno. “Nosso apoio a Aécio Neves é a continuidade do que houve no primeiro turno, quando estávamos com Marina e Aécio já demonstrou que está preparado para comandar o País, além disso, a presidente Dilma, a qual tenho muito respeito e estima, tem que entender que alternância do poder é um processo natural da democracia e isso não significa menosprezo ao trabalho dela ou ao do presidente Lula”, disse.
Sobre os rumores nas redes sociais de que teria rasgado a sua história, Valadares afirmou que o que ocorreu foi justamente o contrário. “Mantivemos coerência apoiando o nosso partido e passada a eleição, nós não temos porque nos afastar dos amigos que apoiamos no segundo turno, no caso o governador Jackson Barreto”, destacou. Valadares ressaltou que continuará à disposição do Estado. “No Senado estarei à disposição de Sergipe, como sempre estive”, completou.
Caso a aliança entre os partidos seja desfeita, Valadares frisou que continuará a vida pública normalmente. “Eu só quero quem me quer. Na política também é assim. Não faço aliança com quem não me quer. Estou há 20 anos no PSB e desses, 16, foram na oposição e não teríamos problema nenhum em voltar a ser oposição”, disse.
Mesmo com a possibilidade de ir para a oposição, Valadares afirma que não vai exercer nenhum tipo de pressão ao governador. “Ele está totalmente à vontade para escolher seu secretariado e seus assessores. O senador Valadares não vai fazer nenhum tipo de pressão”, concluiu.
Por Bruno Almeida
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