Os sindicatos da Saúde deram uma demonstração de força e união na assembleia geral com os servidores da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), nesta terça-feira (20), no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). Com o espaço lotado, a categoria decidiu se mobilizar para pressionar o Governo do Estado a incorporar os servidores celetistas quando a FHS for extinta e durante a fase de transição.
Com isso, haverá duas atividades das quais os trabalhadores marcarão presença, que é a reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES), nesta quinta-feira (22), às 9 horas, na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a audiência com o juiz federal, Edmílson Pimenta, que o Ministério Público Federal (MPF) está intermediando para ocorrer na próxima semana, em data a ser confirmada.
“Nós mostramos para a categoria que esta não é a melhor proposta, mas é a possível para tentar garantir um fôlego e ter tempo para construir uma proposta concreta para que migrem para o regime estatutário. É o que temos para hoje.
A finalização dos contratos se dará em 9 dias praticamente. É um período curto para conseguir a absorção dos trabalhadores celetistas pela Administração Direta do Estado”, explicou a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), Shirley Morales, não descartando a possibilidade de um indicativo de paralisação, numa assembleia após a audiência com o juiz federal, caso o Estado não ofereça caminhos plausíveis para os trabalhadores.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, que lidera o sindicato com o maior número de servidores afetados, avalia a situação com otimismo. “Hoje, demos um passo importante de fortalecimento. Parabenizo todos os sindicatos envolvidos porque a união do grupo em defesa da não demissão dos servidores ajudará para que possamos alcançar o nosso objetivo”, afirma.
Além do Seese e Sintasa, a assembleia contou com representantes do Sindicato dos Psicólogos de Sergipe (Sinpsi), Sindicato dos Trabalhadores Fisioterapeutas de Aracaju (Sintrafa), Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (Sindasse), Sindicato dos Condutores de Ambulância de Sergipe (Sindconam-SE), Sindicato dos Cirurgiões Dentistas de Sergipe (Sinodonto-SE), Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe (Sindifarma-SE), Sindicato de Nutricionistas e Técnicos em Nutrição do Estado de Sergipe (Sindinutrise), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Audiência no Ministério Público Federal
Antes da assembleia da categoria, os sindicatos da Saúde estiveram na audiência no Ministério Público Federal com o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Ramiro Rockenbach. Na ocasião, houve um consenso que é preciso um espaço de tempo para a transição, visto que não daria para fazer o encerramento do contrato da FHS num dia e no outro ficar faltando trabalhadores para o serviço.
“Será um tempo para estarmos em mobilização contínua, mostrando a sociedade e ao gestor o valor destes trabalhadores que tanto se esmeram na fundação e prestam serviço à população. Além disso, servirá para sabermos onde esses trabalhadores serão alocados”, explica Shirley Morales, enfatizando que o procurador deixou claro que não seria uma renovação de contrato, mas uma extensão do tempo como forma de adequar a situação dos trabalhadores.
Caberão aos sindicatos buscarem as possibilidades jurídicas para a incorporação deste pessoal na administração direta e o Ministério Público Federal avaliaria a viabilização ou não da proposta dos sindicatos.
O presidente do Sintasa, Augusto Couto, destacou ainda que a audiência serviu para tranquilizar os trabalhadores que necessariamente não deixarão de trabalhar no dia 31 de janeiro. “O contrato não deverá ser renovado, mas terá esse tempo de transição para todos juntos construir uma alternativa. Agora, esperamos que o Governo do Estado tenha a sensibilidade de garantir a vinculação destes servidores dentro do Estado”, observou o líder sindical, lembrando que o Governo não faz concurso público há muito tempo e muitos servidores estatutários se aposentarão, deixando um espaço para ser preenchido por estes servidores.
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