O pedreiro, João Batista, pai do adolescente, Vinicius dos santos Martins, de 17 anos, assassinado com cinco tiros, na noite desta segunda-feira, dia 06, no município sergipano de Lagarto, faz um apelo à sociedade no combater a violência e o trafico de drogas.
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O adolescente Vinícius dos Santos Martins, 17, conhecido como De Menor, foi assassinado a tiros na noite da segunda-feira, 6, no bairro Bela Vista, na cidade de Tobias Barreto. Na semana passada, De Menor foi apreendido portando uma arma e certa quantidade de cocaína, que estaria distribuída em embalagens conhecidas como pinos, preparadas para o comércio.
Ao ser apreendido, De Menor teria confessado participação em um homicídio ocorrido no mês de março na própria cidade e revelado que teria cometido o crime por ter recebido ordens de um dos líderes do tráfico de drogas na região, conforme informações do capitão Alexsandro Ribeiro, comandante da 2ª Companhia do 7º Batalhão da Polícia Militar.
De acordo com informações do capitão Ribeiro, a Polícia Militar registrou o assassinato do adolescente às 19h40. De acordo com os primeiros levantamentos realizados pelos policiais militares, os tiros teriam sido disparados por um dos quatro homens que ocupavam um veículo de cor preta.
De Menor chegou a residir com uma tia em Aracaju e teria saído da capital há cerca de três semanas para morar em uma casa alugada na cidade de Tobias Barreto, segundo informou o pedreiro João Batista, pai do adolescente, que tinha conhecimento do envolvimento do filho com o tráfico de drogas.
Além da participação no assassinato de um homem conhecido como Beto da Carroça, há suspeita que De Menor teria recebido ordens de um dos homens que lidera o tráfico de drogas na região para assassinar um comerciante. Ao ser preso, De Menor teria confessado o assassinato de Beto da Carroça, crime que teria ocorrido porque a vítima teria envolvimento amoroso com uma mulher, que teria sido companheira de um traficante.
Mas, o adolescente negou o plano para assassinar o comerciante. No entanto, a polícia não tem dúvida que havia o plano. O comerciante já foi identificado e o crime seria uma espécie de vingança em decorrência da desavença deste comerciante com um dos integrantes da quadrilha.
O pedreiro revelou que teria tentado proteger o filho, que teria conversado com o adolescente ao telefone no sábado passado, 4, e teria ouvido o filho revelar que estaria disposto a deixar o envolvimento com as drogas. “Eu estava esgotado, não tinha mais o quê fazer. Mas minha esperança era que não chegasse aonde chegou”, desabafou o pedreiro, entre lágrimas. “Ele sabia que tinha meu apoio para sair dessa vida”.
O pedreiro João Batista clama por justiça, quer que os responsáveis pela morte do adolescente sejam punidos e aproveitou a oportunidade para fazer um apelo à sociedade. “Que os pais conversem mais com seus filhos porque nossa juventude está se acabando por causa dessa serpente chamada droga”.
Por Cássia Santana