Números 14: 27 Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim.
Muitas pessoas não recebem o melhor de Deus porque perdem seu tempo se queixando, reclamando, falando mal de tudo e de todos.
Essa maneira de agir não agrada a Deus.
O povo agiu com ingratidão, embora Deus os tenha libertado do Egito e sustentado Israel durante toda a trajetória no deserto..
FONTE: https://www.youtube.com/c/MinutocomDeus
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Texto básico: (I Tes 5.12-22). Texto central: “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Tes 5.18).
Introdução: A história de Israel durante a sua caminhada pelo deserto, em demanda da terra prometida, está crivada de murmuração. Nem Moisés, o valoroso líder e profeta, escapou deste tremendo mal. Era constante a murmuração do povo e isto muito desagradou a Deus. O povo, em vez de se mostrar agradecido por ter sido libertado de um cativeiro cada vez mais humilhante e cruel, vivia a murmurar por causa de problemas que o próprio Deus havia prometido resolver. Ainda mais: Israel estava voltando para casa, isto é, voltando à sua terra, dada por Deus aos seus antepassados Abraão, Isaque e Jacó. Será que não podia caminhar com paciência tendo em vista tão grande benção?
Em nossa caminhada por este “deserto” da vida, em demanda da Canaã celestial, somos, também, tentados à prática da murmuração. Às vezes são coisas tão pequenas que nos levam a isso! Em vez de estarmos louvando a Deus pelas grandes bênçãos que continuamente derrama sobre nós e pela salvação que temos em seu Filho Jesus Cristo, nos quedamos a murmurar. Murmuração não é senão ingratidão! Se encontrarmos águas amargas aqui ou um pão que não nos agrada ali, tenha paciência! Se Deus não gostou da murmuração dos filhos de Israel, por certo não deve gostar da nossa murmuração também, visto que temos privilégios a mais do que eles!
Neste estudo, façamos uma avaliação das nossas vidas e vejamos se temos sido crentes agradecidos ou murmuradores. Vamos considerar seis pontos do texto básico.
1º) “Regozijai-vos sempre” (v.16): A tristeza não é natural na vida do crente. Crente triste é crente espiritualmente enfermo. Os problemas da vida e os revezes nos negócios, jamais devem tirar o brilho de nossas faces. O rosto de Estevão brilhou como o de um anjo quando estava sendo caluniado perante o Sinédrio (At 6.15).
2º) “Orai sem cessar” (v.17): A oração nos leva a comunhão com Deus. O salmista diz que Deus é sol e escudo (Sl 84.11). O sol aquece, alegra, dá vida e tranquilidade. Estar diante de Deus em oração é como banhar-se no calor, na luz e na beleza!
3º) “Em tudo daí graças” (v.18): Gratidão em tudo, não somente pelas coisas boas que recebemos. Se amarmos a Deus, devemos confiar em sua Palavra, que nos garante que todas as coisas contribuem para o bem dos que o amam (Rom 8.28).
4º) “Não apagueis o Espírito” (v.19): O Espírito Santo atua em nós como uma chama de vida e fé. É um fogo que faz arder a nossa consciência, quando estamos no pecado. Mas, também, nos impulsiona no trabalho de Deus e nos conforta. Esta chama pode ser apagada quando nos entregamos ao pecado.
5º) “Não desprezeis as profecias” (v.20): As profecias são as Escrituras Sagradas, isto é, a Palavra de Deus revelada, inspirada e escrita para o nosso crescimento espiritual. Ora ela é advertência e exortação, ora é edificação e conforto. Contudo sempre visando o nosso bem. Quem despreza as profecias, isto é, a Palavra de Deus, está desprezando a Deus e a sua própria vida.
6º) “Retendo o que é bom” (v.21), ou retendo o bem: Billy Graham escreveu, em um de seus livros, que a consciência de muitos crentes já ficou como uma peneira grossa por onde passa tudo. Falar hoje sobre excesso nos usos e costumes do mundo que já adentrou a igreja faz, geralmente, do pastor um chato, que ignora que as coisas mudam com o passar do tempo. É verdade que o mundo e seus costumes de fato passam, mas a Palavra de Deus não passa e nem muda. Jesus disse: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). A Palavra de Deus é muita clara quando diz: “E o mundo passa e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (I Jo 2.17). Excesso de pinturas, maquiagem, saias curtas, roupas decotadas e sensuais tem sido usados pelas mulheres, enquanto os homens já usam roupas típicas dos excessos da moda, bem como brincos e cortes de cabelos atípicos de pessoas salvas em Cristo que fazem profissão de servir a Deus e de fato segue e servem ao Senhor. Esses membros atípicos dentro da igreja até ministram o louvor na casa de Deus! De fato, o permissivismo dos dias atuais tem levado de roldão muita gente que conhece bem a Bíblia! Mas deduzimos, desta mesma Bíblia, que precisamos no nosso viver diário, reter só o que é bom e lançar fora o que não presta (I Tes 5.22).
Da avaliação desses pontos do nosso texto básico, extraímos as seguintes lições:
1ª) A benção da gratidão: A Bíblia nos mostra que há benção na gratidão. Quando nos curvamos diante de Deus para agradecer, sempre receberemos benção maior. Noé, após o dilúvio, levantou um altar a Deus. Feito isto, recebeu a benção de uma aliança, isto é, um pacto precioso para ele e para toda a humanidade (Gn 8.20-22). Sempre que Abraão levantava altar de gratidão, Deus lhe confirmava as suas promessas. Em Betel, Jacó levantou em uma coluna de gratidão, a pedra que lhe servira de travesseiro (Gn 28.18). Dali para frente sua vida foi generosamente abençoada! Um leproso que foi purificado por Jesus, voltou para agradecer ao Senhor por sua cura. Resultado: Jesus lhe duplicou a benção, sendo que a segunda foi maior que a primeira benção, dizendo: “Levanta-te, vai, a tua fé te salvou” (Luc 17.11-19)!
2ª) A gratidão incondicional: Será que nós sabemos de imediato, o que é benção e o que não é? É difícil. Comumente se entende por benção a cura do doente, o sucesso no negocio ou no emprego, ou a aprovação em um exame. O que se recebe em contrário parece não ser benção. A Bíblia nos dá um modo diferente de ver o assunto. Ter saúde para estar longe de Deus – é melhor que esteja doente, mas perto Dele. O fracasso de um negócio pode ser a vitória para a vida espiritual. A reprovação em um exame pode ser a oportunidade para seguir um rumo muito melhor.
O rei Ezequias pediu para viver mais quando teve a noticia de que ia morrer. O seu pedido foi atendido, mas a vida a mais que teve só serviu de tristeza para ele e de castigo para Israel. A própria cura foi motivo de pecado e de vaidade, o que muito desagradou a Deus (Is 39.1-8). Lembro-me de um senhor que me contou de seu filho, que ainda adolescente, foi atropelado e levado já em coma para o hospital. No hospital, ao saber que seu filho poderia morrer do acidente, esse pai começou a dizer palavras de insatisfação contra Deus, perguntando com certa irritação, porque Deus não livrou o seu filho daquele atropelamento? Para surpresa, até dos médicos, o adolescente reagiu e sobreviveu aquele desastre! Tempo depois, esse adolescente tornou-se usuário de drogas e se envolveu com o crime, trazendo muita tristeza para sua família. Este pai que havia dirigido palavras de revolta contra Deus por causa do acidente do filho, como que exigindo explicações de Deus, agora, chorando dizia: “ó Deus porque não levou meu filho, quando estava em coma no hospital pelo atropelamento que sofreu?” Como saber o que é benção e o que não é? Uma mulher crente perdeu o marido numa hora difícil, tendo dez filhos para criar, educar e orientar. Parecia ser o máximo da infelicidade. Pouco tempo depois, ela pôde dizer ao seu pastor: “Deus levou o meu marido para salvar da perdição eterna os meus filhos”. Até nos açoites Deus dá a benção da disciplina, necessária aos seus filhos. Por esta razão Paulo escreveu: “em tudo daí graças”. Agindo desta maneira jamais vamos errar.
3º) Sem murmuração: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus…” (Fl 2.14,15). A murmuração é descontentamento. Na parábola do filho pródigo, o filho mais velho não saiu como fez o outro, mas tornou-se um murmurador dentro de casa. Queixoso de tudo e de todos. Não deixemos, pois, que as pequeninas coisas destruam a nossa alegria de salvação e assim, caminhemos sem murmurações e sejamos agradecidos a Deus por tudo, sabendo que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rom 8.28).