Convicta do seu voto, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM/SE) disse que se posicionou favoravelmente ao Projeto de Reforma Trabalhista, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, por considerar imprescindível adequar a legislação às novas relações de trabalho e, com isso, acolher pelo menos parte dos mais de 14 milhões de brasileiros que estão na triste estatística do desemprego.
A senadora por Sergipe tem clareza de que há algumas imperfeições no texto do relatório, mas entende ser imprescindível garantir a aprovação de alguns pontos para os ajustes que precisam ser feitos, tornando mais flexível a relação entre trabalhadores e patrões, de modo a permitir que sejam pensadas soluções que diminuam a grave crise de empregos do país.
Segundo Maria do Carmo, a Legislação, da forma como se encontra, engessa qualquer possibilidade de novas formas de relação para o trabalho. Ela contou que, diariamente, é abordada por pessoas, em Brasília, ou no seu escritório em Aracaju, que querem uma oportunidade de trabalho. “Infelizmente, são cidadãos, pais e mães de famílias vitimadas por essa crise econômica que foi potencializada pelos desserviços prestados pelos governos do PT ao país ao longo dos últimos 12 anos, isso ficou muito mais complicado”.
De acordo com ela, por conta do “desmantelo e da roubalheira instituída pelo Partido dos Trabalhadores, muitas empresas fecharam as portas e milhares de outras para não fechar, tiveram que demitir muito”. Para Maria, esse cenário de desemprego pelo qual o Brasil passa é desalentador. “Com a reforma trabalhista, o que nós prevemos é que haja uma mudança nesse quadro e mais pessoas sejam absorvidas pelo mercado formal de trabalho”, afirmou.
O desemprego acomete pessoas de todas as classes e formações acadêmicas e “em geral são pais de famílias que veem os seus filhos passando fome. Isso é indigno, é desumano”, ponderou Maria, acrescentando que “só quem não está passando dificuldade é quem está sustentado pela podre corrupção que envergonha o Brasil e os brasileiros, ou por quem sempre viveu beneficiado por esquemas escusos”.
Maria do Carmo disse compreender que o texto original precisa de reparos, fato que poderia ser reparado com emendas, inclusive de sua autoria, mas que não foram incorporadas para que não prejudicasse a tramitação, fazendo com que todo o processo tivesse que ser reiniciado na Câmara dos Deputados.
Para ela a situação do desemprego é emergencial porque há famílias em que todos os seus membros encontram-se desempregados. “Estamos numa situação econômica muito delicada e difícil, e muitas famílias se encontram numa situação desesperadora, precisando de soluções rápidas, que possam trazer algum melhoramento, da forma mais imediata possível”, defendeu a parlamentar.
“O presidente Michel Temer se comprometeu com os senadores de que vetará pontos polêmicos da Reforma, alguns que realmente precisariam ser revistos, como é o caso da permanência de gestantes e lactantes em ambientes insalubres, referente às jornadas de trabalho e ao trabalho intermitente, por exemplo. Acho que essa forma negociada poderá antecipar uma solução melhor para enfrentarmos essa crise econômica, que pelo visto está sem hora pra acabar ”, justificou a senadora.
Fonte: Assessoria Parlamentar