Foi realizada na manhã desta quarta-feira, 16, na Assessoria de Comunicação da SSP, uma coletiva de imprensa objetivando informar detalhes sobre a ação conjunta realizada pela Polícia Civil, por meio da 9ª Delegacia Metropolitana e da 3ª Divisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que prendeu na tarde desta terça-feira, 15, Walace Galdino da Silva Oliveira, 19 anos. O suspeito vinha sendo investigado desde o ano passado por diversos crimes ocorridos no bairro Santa Maria, em Aracaju. A prisão do indivíduo ocorreu no Condomínio Parque das Árvores, no Loteamento Marivan, no referido bairro.
Walace Galdino foi indiciado pelos homicídios de Rodrigo Barreto Santos, conhecido como “Da Jega”, 19 anos, ocorrido na noite de 25/05/2017, no Morro do Avião; Reginaldo dos Santos, o “Regi”, 44 anos, registrado na noite de 25/02/2017 (sábado de carnaval), na rua 26 do conjunto Padre Pedro; Christian Santos Soares, vulgo “Cabeça”, 19 anos, ocorrido na manhã de 11/12/2016, na rua 23 do conjunto Padre Pedro; e Felipe dos Santos, 23 anos, ocorrido na tarde de 26/07/2016, na rua 26, conjunto Padre Pedro.
O suspeito conta ainda com quatro mandados de prisão preventiva pela coautoria em roubos, homicídios e tentativas de homicídios registrados no bairro Santa Maria, na capital sergipana.
Segundo o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mário Leony, o suspeito que é considerado de alta periculosidade já se preparava para fugir quando foi capturado.“O suspeito já vinha sendo monitorado, conseguimos a informação de que ele estava escondido em um condomínio no Marivan, no bairro Santa Maria já pretendendo fugir. Obtivemos êxito na prisão dele na ação integrada com a 9ª DM e com o apoio do Grupo Especial de Repressão e Busca (Gerb)”, concluiu o delegado.
No caso dos homicídios, os crimes foram cometidos por Walace e seus comparsas com o objetivo de assegurar o controle do ponto de venda de drogas no bairro Santa Maria.
O indiciado ainda figura como suspeito de participação no latrocínio de um adolescente de 17 anos, ocorrido na noite de 07/07/2017, na rua 12, conjunto Padre Pedro; homicídio de Gilson Costa de Azevedo, 59 anos, morto por disparos de arma de fogo no dia 07/06/2017, no povoado Pitanga, em São Cristóvão; homicídio por arma de fogo de Dimas de Souza Júnior, 30 anos, ocorrido na manhã de 11/10/2016 na rua 43, Loteamento Paraíso do Sul; e de José Cláudio da Silva, alcunha “Picolé”, 41 anos, ocorrido na manhã de 24/08/2016, na rua 28, conjunto Padre Pedro.
Walace é um dos líderes da gangue do Paraíso do Sul conhecida como “Os Pés Embaixo”, que também realiza a extorsão de comerciantes estabelecidos na localidade, constrangendo-os ao pagamento dos chamados “pedágios”, sendo este o motivo do assassinato do comerciante Reginaldo dos Santos no sábado de carnaval. A vítima se recusou a pagar o “pedágio” ao grupo.
De acordo com o Delegado da 9ª Delegacia Metropolitana, Gilberto Guimarães, as características de ação de Walace o caracterizam como um elemento de alta periculosidade. “Embora com pouca idade, Walace é um criminoso violento, que praticava crimes com requinte de crueldade e que por conta do histórico de crimes dele podemos considerá-lo de alta periculosidade”, pontuou.
Ainda segundo o delegado, a prisão foi efetivada sem que que houvesse a possibilidade de fuga. “Sabendo da informação de que o suspeito pretendia fugir, montamos uma operação policial na qual estavam presentes policiais da 9ªDM, os policiais da 3ª Divisão do DHPP e do Gerb. No momento em que tivemos a oportunidade de executar a ação sem que tivesse a possibilidade de um confronto isso foi um fator determinante. A ação do Gerb foi técnica e bastante efetiva no sentido de executar a prisão sem fuga e sem reação, sendo posteriormente conduzido à delegacia onde foi interrogado”, comentou.
Segundo as investigações, antes de se tornar líder no referido grupo, Walace teria cometido alguns roubos a residências na região do Paraíso do Sul, onde a principal característica dos crimes era a forma violenta de agir, tomando todos os pertences das vítimas e obrigando as famílias a deixarem suas residências para que os locais se tornassem uma espécie de base para a quadrilha.
O delegado Mário Leony esclarece ainda que o auxílio da população é muito importante. “Agradecemos muito a confiança da comunidade em nosso trabalho e pedimos que os cidadãos continuem a realizar denúncias por meio do Disque Denúncia 181 da Polícia Civil. Vale lembrar que o cidadão pode ficar tranquilo, porque o sigilo