O deputado estadual Francisco Gualberto (PT) disse hoje (24), claramente, que mudará de posição em relação aos constantes ataques que vem sofrendo do grupo político ligado à deputada Ana Lúcia, também do PT. “Ana Lúcia nem será minha bússola e nem aceitarei ela como a palmatória que irá me bater todos os dias. Até então as manifestações do agrupamento dela sempre foram para mim algo, que por respeitar demais, me calei, recuei, busquei não fazer muito confronto, principalmente quando estão no palanque do adversário, como no caso de certas emissoras de rádio. Mas agora resolvi mudar”, disse Gualberto.
As divergências políticas acontecem há bastante tempo, principalmente por conta do comportamento dúbio da deputada na Assembleia Legislativa, que apesar de ser do PT, partido da base aliada, está sempre contrária às proposituras do governo. Todavia, na sessão desta quarta-feira (23) integrantes do Sintese ligados a Ana Lúcia hostilizaram Gualberto no plenário e chegaram a desejar a morte do deputado, assim como fizeram com o ex-governador Marcelo Déda. Atitudes insanas que foram repreendidas pelo presidente da Casa, deputado Luciano Bispo.
Na manhã desta quinta-feira, Ana Lúcia fez entrevista em emissora de rádio analisando a posição de Gualberto em relação ao projeto de fusão dos fundos previdenciários do Estado, em discussão na Alese. “No campo da política não há problema algum fazer análise do meu pronunciamento. Na política tudo está correto quando fazemos as coisas dentro do limite. Mas para não deixar dúvidas: estamos em fase de nos relacionar somente de maneira institucional”, avisou Gualberto, garantindo que não há diálogo entre eles.
“Quando se referir a mim, tenha certeza que também irei me referir a ela no mesmo espaço. No momento em que eu avaliar que seja necessário, responderei. Se não, não responderei. Pode continuar fazendo a descrição histórica de toda a minha vida, mas saiba que também farei a dela. E assim nós seguiremos fazendo bons debates”, disse o deputado. “Estou anunciando a mudança na nossa relação. Fica estabelecido que nós deveremos, na política, observar toda a nossa vida. Acabou o tempo em que o seu agrupamento se manifestava a meu respeito como queria, e eu somente compreendendo porque era do mesmo partido. Mas já vi que aí é uma tática para me pisar”.
Francisco Gualberto anunciou também que levará a discussão para o PT. “O partido está no governo, tem dois parlamentares com posições diferentes. Como é que o PT vê isso? Precisa se manifestar”, argumenta. “Não conheço na humanidade nenhum dono da verdade. Portanto, o tempo da passividade acabou. Presto muita atenção nas coisas, e estou em condição de fazer o enfrentamento de ideias, posições. Tenho certeza que faremos com elegância e firmeza, então a fase amistosa, com somente um tomando pancada e ficando quieto, me parece que chegou ao momento de ter um ponto parágrafo, e quem sabe lá na frente, um ponto final”.
Por: Assessoria de Imprensa – Gilson Sousa
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