Em greve há 28 dias, professores de Pedrinhas ocupam galerias da Assembleia Legislativa de Sergipe nesta quarta-feira, 28, para pedir apoio aos deputados estaduais na luta por valorização, manutenção da carreira e por melhores condições estruturais e pedagógicas das escolas da rede municipal.
A prefeita do município, Ocimara Araújo Cruz Trindade, tem mantido o canal de diálogo e negociação fechado e desde que a greve se iniciou até a presente data a gestora municipal em momento algum se sentou com professores e professoras para debater propostas que visem a recuperação da carreira do magistério de Pedrinhas.
“Desde que iniciamos a greve que a prefeita não sentou com os professores para tentar uma negociação. O SINTESE já enviou ofícios solicitando que a prefeita receba nossos representantes em audiência, mas até agora não recebemos nenhuma resposta. A última vez que a prefeita recebeu professores foi há três meses. Estamos desde 2014 sem receber reajuste do piso, a prefeitura nos deve diversos passivos trabalhistas, as escolas da rede municipal estão abandonadas e infelizmente a prefeita vem agindo como se nada tivesse acontecendo” conta a professora da rede municipal de Pedrinhas, Sandra Neri.
Congelamento
Além de não pagar o reajuste do piso salarial desde 2014, a prefeitura deve ainda aos professores uma série de passivos trabalhistas referentes aos retroativos do piso salarial dos anos de 2012 (janeiro a julho), 2013 (janeiro a julho) e 2014 (janeiro a setembro).
As perdas salariais são exorbitantes. Para ter uma ideia, um professor pós-graduado, em final de carreira, com mais de 25 anos de magistério, deveria estar recebendo de salário bruto R$ 6.086,28. Como ele não vem recebendo o reajuste e está com a carreira congelada desde 2014, este professor recebe R$ 4.494,30, uma perca acumulada mensal de R$1.591, 98.
Fonte: SINTESE