A Polícia Civil de Simão Dias concluiu nesta terça-feira (12) o inquérito que apurou o assassinato de uma criança de um ano e nove meses, ocorrido no município no mês de novembro. O padrasto José Leandro Santana Santos – que está preso – e a mãe da criança foram indiciados por homicídio qualificado. A menina que ficou internada por dez dias no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), em Aracaju, morreu vítima de traumatismo craniado e outras lesões decorrentes das agressões que sofreu no dia 30 de outubro.
Segundo o delegado Clever Farias, a conclusão do inquérito teve como resultado o indiciamento do padrasto e da mãe da criança. “Apesar de não estar presa, ela foi indiciada pelo mesmo crime. A mulher está amamentando o filho recém-nascido, e este foi motivo para a não representação da preventiva no momento. Os órgãos de proteção à criança vão fiscalizar a mãe para que isso não se repita com outras crianças”, afirmou.
De acordo com a polícia, no dia 30 de outubro, ao encaminhar a menina para unidade de saúde de Simão Dias, a mãe e o padrasto alegaram que ela teria se engasgado. No entanto, durante o atendimento médico foi verificado que a criança apresentava múltiplas fraturas e lesões nos olhos, lábios, orelha e virilha, além de apresentar um quadro de traumatismo craniado. A vítima foi transferida para o Huse, onde acabou morrendo no dia 9 de novembro.
Após o ocorrido, o casal fugiu de Simão Dias. No andamento das investigações, funcionários do hospital e conselheiros tutelares foram ouvidos, juntamente com testemunhas, que revelaram que o acusado costumava agredir a criança. O laudo cadavérico indicou ainda fraturas anteriores, já calcificadas, no fêmur e no joelho. O José Leandro foi preso em Lagarto, dias depois do ocorrido. Ao ser ouvido, alegou que a criança teria caído da cadeira após ser agredida com uma sandália. Ele disse ainda que a menina chorava muito e isso o deixava irritado.
Fonte: SSP/SE