A desassistência aos pacientes com câncer em Sergipe foi, mais uma vez, repudiada pela deputada estadual Maria Mendonça (PP), que considera o atual tratamento dispensado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) “humilhante”. Durante entrevista à Rádio Capital do Agreste, Maria solidarizou-se com uma paciente que saiu do município de Nossa Senhora da Glória, no alto sertão sergipano, para fazer o tratamento oncológico a mais de 114 km de distância, no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), em Aracaju, mas voltou para casa sem atendimento.
Maria Mendonça chamou a atenção para a gravidade do problema que, conforme destacou, se arrasta há anos. “Por diversas vezes temos cobrado uma solução para os problemas recorrentes da Oncologia em nosso Estado, mas o Governo permanece insensível à dor de centenas de sergipanos, negligenciando aquilo que é um direito básico”, lamentou a deputada, acrescentando que além de não garantir o “tratamento digno”, o Executivo também se nega a “prestar esclarecimentos sobre a construção do Hospital do Câncer, que se arrasta há mais de cinco anos”.
PREVIDÊNCIA
Questionada sobre sua posição em relação à Reforma da Previdência, Maria Mendonça considerou haver equívocos na proposta do Governo Temer, uma vez que, apenas a classe trabalhadora será afetada pelas mudanças. “Necessário se faz promover mudanças na estrutura da Previdência, mas começando do alto escalão até as demais camadas de trabalhadores”, apontou a parlamentar, dizendo esperar que a “bancada federal sergipana reflita sobre os danos das alterações na forma como estão postas”.
Maria alertou ainda para o risco de agravamento da situação dos inativos, caso não haja ajuste profundo no deficitário sistema de aposentadorias. Ela citou como exemplo a realidade dos aposentados e pensionistas sergipanos que ainda não receberam sequer o salário de dezembro. “O cidadão que dedicou sua vida ao trabalho e contribuiu honestamente com a Previdência não pode pagar a conta dos desmandos dos nossos governantes, e ter que esperar chegar aos 65 anos para usufruir de um direito adquirido”, concluiu a deputada.