No 14º dia de greve, os auditores e auditoras de tributos da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz/SE) decidiram retornar as atividades na próxima terça-feira, dia 20. Também foi confirmada a participação da categoria na Greve Nacional contra a votação da reforma da Previdência, marcada para a próxima segunda-feira (19).
A decisão pela suspensão do movimento grevista no Fisco foi deliberada em assembleia, realizada na tarde desta quinta-feira (15). Uma nova assembleia está marcada para o dia 22 de fevereiro, às 15h30, para avaliar possíveis avanços nas negociações entre o Sindicato do Fisco de Sergipe (Sindifisco) e o governo estadual. A categoria deflagrou greve geral no último dia 02, para cobrar do governo pagamento da folha no mês trabalhado, o fim do parcelamento de salários e ainda recomposição de índices da inflação sobre os salários.
Reabertura das negociações
De acordo com o presidente do Sindifisco, Paulo Pedroza, a suspensão do movimento grevista é mais uma demonstração do interesse da categoria em reabrir as negociações com o governo estadual. “Apesar de propostas pontualmente divergentes quanto a forma e estratégia desse processo de negociação entre o Fisco e o governo, a assembleia aprovou a iniciativa de buscar mais uma vez o diálogo com os representantes da Administração Estadual”, explica Paulo Pedroza.
Empréstimo x Banese
A Diretoria do Sindifisco tomou como surpresa a decisão do Banco do Estado de Sergipe (Banese) de cobrar os valores da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas, relativos ao empréstimo feito junto ao Banese.
“O governo deixou de pagar o 13º salário, oferecendo como alternativa um empréstimo junto ao Banese, com a garantia de que ele mesmo iria pagar as parcelas, inclusive com juros bancários. Muito embora tenhamos aprovado a suspensão da greve, esse fato nos deixou extremamente indignados. Responsável tanto pelo empréstimo quanto pelo atraso de salários, o governo não podia permitir que o banco estadual abatesse dos proventos dos aposentados e pensionistas antes de finalizar o pagamento da folha de janeiro. Isso é um contrassenso”, afirma o diretor Abílio Castanheira.
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Por Déa Jacobina. Ascom Sindifisco