Mais um crime de feminicídio deixa a população sergipana chocada. Na manhã desse domingo, dia 29 de abril 2018, o homem identificado como, Gilvan Ferreira de Andrade, 47 anos, assassinou a esposa com seis tiros alegando está sendo traído por ela, a senhora Gilvânia da Cruz Santos, de 46 anos. Mas, a família desmente a acusação do assassino. O crime aconteceu por volta das 08h30, no quintal da casa do casal, localizada na Rua Netuno, nº13, do Conjunto Jardim Esperança, no Bairro Inácio Barbosa, zona sul de Aracaju.
De acordo com uma fonte do Portal Imprensa1, o acusado tinha discutido com a vítima na noite do último sábado e o motivo teria sido mais uma vez, ciúmes e suspeitas de traição. Mas depois pararam de discutir. Ela, foi dormir e ele, ficou acordado ingerindo bebida alcoólica e fazendo uso de drogas.
Pela manhã, a senhora Gilvânia foi passear com o cachorro e no quarteirão se bateu com um dos vizinhos do bairro, foi o estopim para que Gilvan Ferreira decidisse tirar a vida da esposa. Ao entrar em casa, ele trancou o portão com cadeados e a chamou para o quintal. Em mais duma discussão ele disse que até o vizinho tinha caso com ela e por isso ia matá-la.
De posse de um revólver, fez dois disparos nas costas de Gilvânia que tentava correr do seu algoz. Quando ela caiu ele ainda tentou fazer mais disparos, só que a arma negou fogo. Descontrolado ele foi até o quarto do casal pegou mais munições e efetuou mais quatro disparos contra a esposa que morreu no quintal. Após o crime, ele tentou fugir mas foi preso minutos depois por uma guarnição do 1º Batalhão da Polícia Militar de Sergipe, em uma das ruas do conjunto Jardim Esperança e depois foi levado para a 4ª Delegacia Metropolitana no Conjunto Augusto Franco.
As filhas do casal, uma de 20 anos e a outra de 14, acompanhadas de uma sobrinha da vítima disseram que Gilvan mentiu para a imprensa e para à polícia sobre a motivação do crime “ é tudo mentira dele. Minha mãe nunca o traiu. Meu pai depois que fez uma cirurgia a cerca de 10 anos atrás, estava traumatizado em ter dificuldades para ter relações com minha mãe, e por isso, desconfiava de todo mundo e inventou essa história”, conta uma das filhas.
“Eu quando ouvir os tiros, corri para o quintal e ví minha mãe ainda se mexendo, mas meu pai ao voltar do quarto colocou mais balas na arma e atirou na cabeça de minha mãe e depois ameaçou eu e minha outra irmã que estava dentro de casa. Ele disse que íamos fazer uma viagem, mas quando uma criança que estava lá em casa me abraçou, ele desistiu de nos matar e fugiu”, conta a filha de 14 anos.
“Faço questão de dizer que minha tia era uma pessoa integra, honesta e uma mulher dedicada a família, não merecia morrer desta forma. Tudo que o Gilvan disse de traição é mentira. Ele a forçava a fazer sexo forçadamente. Além disso, a ameaçava de morte a muito tempo. Espero que a justiça seja feita”, diz a sobrinha de Gilvânia.
O corpo da senhora Gilvânia da Cruz Santos, de 46 anos, foi liberado do IML de Sergipe no final da tarde do domingo e sepultado no Cemitério São João Batista em Aracaju, na manhã desta segunda-feira, dia 30. Enquanto o Gilvan Ferreira de Andrade, 47 anos, foi para a audiência de custódia e permanece preso.
Por: www.imprensa1.com