Irritada, diretora do Procon profere essas palavras contra a superintendente do Banco do Brasil.
Com os inúmeros reclames da sociedade por conta da greve dos bancários, o Procon de Sergipe reuniu nesta sexta-feira, dia 7, representantes dos bancos e do Sindicato dos Bancários para tentar estabelecer um acordo sobre o atendimento à população.
A audiência apesar de agitada, não resultou numa solução para o problema. Todavia, rendeu uma ordem de “cale a boca” para a superintendente do Banco do Brasil, Marília Prado. Em off, um bancário que esteve na reunião, revelou ao portal Universo Político.com que a superintendente conseguiu irritar a diretora do Procon/SE, a advogada Gilsa Brito, quando insinuou que o Procon não estava se valendo do seu poder para dar uma providência sobre o problema e iria recorrer ao Ministério Público do Estado de Sergipe.
“Cale a boca. Eu não quero ouvir mais sua voz. Você quer passar por cima da minha autoridade?”, questionou com o dedo em riste, já indignada, após a audiência, a diretora que ficou em maus lençóis quando ouviu o depoimento dos sindicalistas , e percebeu que na verdade eram os bancos, em especial, o Banco do Brasil que está complicando a situação, por não colocar à disposição da população os bancários que não aderiram a greve, e que, no entanto, se mantém no horário de serviço no interior das agências.”Não doutora. Eu não quis dizer isso”, tentou desconversar a superintendente, mas não adiantou. Ainda irritada, Gilsa não quis mais conversa.
De acordo com o bancário que assistiu à reunião, a intenção da superintendente Marília Prado era contar com o Procon como aliado para penalizar os bancários por essa greve que perdura há quinze dias.
Porém, os sindicalistas sustentaram na audiência que estão amparados por lei para realizar a greve e que são isentos da responsabilidade da prestação de serviço das instituições bancárias.
A diretora do Procon que vem, inclusive, cobrando das agências, com notificações, o cumprimento da Lei dos 15 minutos na filas bancárias, está disposta a instaurar um processo para penalizar os bancos caso os direitos do consumidor estejam sendo coibidos.
“Não conseguimos entrar em um acordo. Então, vamos continuar com o processo administrativo para ver realmente o que está ocorrendo. E se há uma irregularidade por parte dos bancos haverá um processo administrativo com a penalidade para os mesmos”, taxou a diretora Gilsa Brito.
Foto: http://bancariose.com.br
Por: Raissa Cruz (Universo Político.com )