Em coletiva a imprensa o Sindicato dos Bancários de Sergipe fez nesta quarta-feira, 27, o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários. O evento foi aberto com a apresentação da paródia “Sem democracia, o que é direito não se cria”, que narra de forma lúdica a atual situação política do país, a ‘quebra de braço’ entre bancários(as) e os banqueiros e sintetiza as principais reivindicações da minuta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Nesta quinta-feira, 28, em São Paulo, será realizada a primeira rodada da mesa de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O acordo de validade nacional da categoria (de dois anos) foi celebrado em setembro de 2016 e expira no dia 31 de agosto.
A pauta de reivindicações para este ano foi elaborada durante 20ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada junho em São Paulo e foi entregue à Fenaban no dia seguinte, 13 de junho. Além do reajuste composto pela reposição da inflação mais aumento real de 5%, a categoria reivindica a garantia da vigência da CCT até que as partes firmem um novo contrato coletivo, assegurando a ultratividade.
Os trabalhadores cobram, também, a manutenção da mesa única de negociação e que a Convenção Coletiva seja válida para todos os bancários, independentemente do nível de escolaridade ou da faixa salarial.
A minuta ainda reivindica: garantia do emprego com a vedação das demissões em massa e da rotatividade, vedação dos acordos individuais de banco de horas, manutenção das homologações nos sindicatos e que a implantação de novas formas de jornada de trabalho previstas na reforma trabalhista só possa ocorrer por meio de acordo coletivo de trabalho.
Outras importantes bandeiras da Campanha Nacional 2018 são a defesa dos bancos públicos – contra o desmonte e a privatização – e a defesa da democracia, com a eleição de candidatos que estejam comprometidos com a pauta da classe trabalhadora.
De acordo com a presidenta do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), a campanha salarial deste ano enfrenta grandes desafios, em especial porque acontece após a reforma trabalhista. “Com a desregulamentação da legislação trabalhista, vários direitos do conjunto da classe trabalhadora estão em risco. No caso específico dos bancários e bancárias, diversas cláusulas da CCT poderão ser alteradas com base na nova lei, trazendo prejuízos para os trabalhadores. Por isso será preciso buscar também o apoio dos clientes de bancos e do conjunto da sociedade para que possamos conquistar a manutenção da universalidade das cláusulas do acordo anterior. Os balanços oficiais demonstram que os banqueiros apresentam as condições de negociar um acordo que garanta tanto melhores condições de trabalho quanto a adoção de medidas que também melhorem o atendimento de serviços aos clientes e a população usuária das agências bancárias”, afirma Ivânia Pereira.
Por Déa Jacobina Ascom SEEB/SE