A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado informam que adultos não serão vacinados na Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite e o sarampo que começa na próxima segunda-feira, 6. O objetivo da campanha é encontrar quem realmente ainda não recebeu a vacina: as crianças. Em Sergipe não foi registrado nenhum caso de sarampo.
A vacina contra o sarampo foi introduzida no Brasil na década de 1960 e, por ser de rotina, subentende-se que todos que nasceram de lá para cá já tenham sido vacinados na infância. Em 2008, houve uma grande campanha organizada pelo Ministério da Saúde contra o sarampo e a rubéola que imunizou mais de 60 milhões de homens e mulheres com idades entre 20 e 39 anos.
A enfermeira do Programa de Imunização da SES, Ana Beatriz de Lira Souza, alerta que há perigo em se revacinar. “Aqueles que não têm o cartão de vacinação e querem tomar a vacina nos postos de saúde, terão de receber não só a do sarampo, mas todas as outras como, por exemplo, as que imunizam contra o tétano e a hepatite. Todas as vacinas precisarão ser refeitas e revacinar é perigoso para a saúde, pelos complexos imunes formados, principalmente para as pessoas imunodeprimidas. A alta concentração desses complexos pode ocasionar reações mais intensas como, vermelhidão, calor no local, inchaços”, informa Ana Beatriz.
A vacina que combate a poliomielite é apenas para crianças de 1 até 4 anos, 11 meses e 29 dias. A tríplice viral é uma vacina de rotina disponível nos postos de saúde para quem tem até 49 anos. Pessoas com até 29 anos que já tomaram as duas doses da vacina não precisam revacinar. Quem tem de 30 a 49 e já recebeu uma dose não precisa revacinar. “Por ser uma vacina de vírus vivo, pessoas imunodeprimidas como, por exemplo, as que fazem quimioterapia e ficam com a imunidade baixa, não devem receber essa vacina” explica a enfermeira.
ASCOM/SES