
Já não bastassem os elevados índices que anualmente colocam Sergipe no topo das pesquisas, como um dos Estados mais violentos do Brasil, constata-se agora mais um absurdo. Diversas unidades do interior e da capital do Estado não podem utilizar parte de suas viaturas em razão de o Governo não pagar as locadoras de veículos. Diante do inadimplemento que, de regra, ocorre desde o início do ano, as locadoras não liberam as viaturas que lhe são encaminhadas para conserto ou mesmo para revisão obrigatória.
Vale como exemplo a cidade de Umbaúba que vive situação preocupante. Sua viatura está retida há um mês. Ocorre que o delegado da cidade passou a responder também pelo município de Indiaroba, onde a viatura foi cedida à unidade de polícia de Santa Luzia, cuja viatura também não foi devolvida pela locadora. Só nesse caso percebe-se o comprometimento de três cidades.
E essa situação não é privilégio de unidades da região sul do estado. Na cidade de Nossa Senhora das Dores, onde funciona uma Delegacia Regional, duas das três viaturas existentes para o policiamento da região estão retidas. E pior, a única viatura disponível está prestes a parar por problema nos freios.
E assim se somam idênticos casos em cidades como Frei Paulo, Neópolis, Ribeirópolis, Graccho Cardoso, Rosário do Catete, Feira Nova, como também em delegacias da capital e nas da região metropolitana.
Não obstante o esforço dos delegados, que tentam a todo custo buscar soluções para atenuar o grave problema, não restam dúvidas que tais dificuldades fogem de suas atribuições e assim se veem diante de um dilema. Se enviarem a viatura para conserto ou revisão, correm o risco de ficar sem esse importante instrumento de investigação e de prevenção de crimes. Por outro lado, manter essas viaturas nas unidades sujeita-os a serem surpreendidos por problemas mecânicos durante o atendimento de uma ocorrência ou, até mesmo, durante um simples deslocamento. Existe o risco para a população atendida, mas também para o próprio policial. As probabilidades de ocorrência de acidentes se elevam sobremaneira.
Inicialmente se acreditava que faltava ao Governo competência para elaborar um plano apto a trazer ao menos esperança de dias melhores à população sergipana. Contudo, quando observamos a forma como o Governo reage às críticas, sempre apresentando argumentos simplórios, valendo-se de falácias, de estatísticas convenientemente selecionadas e frontalmente em rota de colisão com estudos sérios, cujos resultados se baseiam em pesquisas de grande intervalo de tempo, percebemos que o problema não é só de competência, é de irresponsabilidade e de gritante falta de vontade para reconhecer a situação por que passa o Estado de Sergipe.
Diretoria da Adepol/SE
Reprodução: www.imprensa1.com
Por: Diego Rios Sátiro de Moraes
Jornalista Diplomado DRT:1456/SE
Jornalista Diplomado DRT:1456/SE
Sócio na Empresa Deadline Comunicação
Assessor de Imprensa da Adepol
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