Logo após assumir o Governo de Sergipe, Belivaldo Chagas anunciou que a Segurança Pública seria sua prioridade. A ênfase no tema não foi por acaso. Nos últimos sete anos, Sergipe vem apresentando aumentos consecutivos nas taxas de criminalidade.
Já não bastassem os elevados índices que anualmente colocam Sergipe no topo das pesquisas, como um dos Estados mais violentos do Brasil, constata-se agora mais um absurdo. Diversas unidades do interior e da capital do Estado não podem utilizar parte de suas viaturas em razão de o Governo não pagar as locadoras de veículos. Diante do inadimplemento que, de regra, ocorre desde o início do ano, as locadoras não liberam as viaturas que lhe são encaminhadas para conserto ou mesmo para revisão obrigatória.
Vale como exemplo a cidade de Umbaúba que vive situação preocupante. Sua viatura está retida há um mês. Ocorre que o delegado da cidade passou a responder também pelo município de Indiaroba, onde a viatura foi cedida à unidade de polícia de Santa Luzia, cuja viatura também não foi devolvida pela locadora. Só nesse caso percebe-se o comprometimento de três cidades.
E essa situação não é privilégio de unidades da região sul do estado. Na cidade de Nossa Senhora das Dores, onde funciona uma Delegacia Regional, duas das três viaturas existentes para o policiamento da região estão retidas. E pior, a única viatura disponível está prestes a parar por problema nos freios.
E assim se somam idênticos casos em cidades como Frei Paulo, Neópolis, Ribeirópolis, Graccho Cardoso, Rosário do Catete, Feira Nova, como também em delegacias da capital e nas da região metropolitana.
Não obstante o esforço dos delegados, que tentam a todo custo buscar soluções para atenuar o grave problema, não restam dúvidas que tais dificuldades fogem de suas atribuições e assim se veem diante de um dilema. Se enviarem a viatura para conserto ou revisão, correm o risco de ficar sem esse importante instrumento de investigação e de prevenção de crimes. Por outro lado, manter essas viaturas nas unidades sujeita-os a serem surpreendidos por problemas mecânicos durante o atendimento de uma ocorrência ou, até mesmo, durante um simples deslocamento. Existe o risco para a população atendida, mas também para o próprio policial. As probabilidades de ocorrência de acidentes se elevam sobremaneira.
Inicialmente se acreditava que faltava ao Governo competência para elaborar um plano apto a trazer ao menos esperança de dias melhores à população sergipana. Contudo, quando observamos a forma como o Governo reage às críticas, sempre apresentando argumentos simplórios, valendo-se de falácias, de estatísticas convenientemente selecionadas e frontalmente em rota de colisão com estudos sérios, cujos resultados se baseiam em pesquisas de grande intervalo de tempo, percebemos que o problema não é só de competência, é de irresponsabilidade e de gritante falta de vontade para reconhecer a situação por que passa o Estado de Sergipe.
Diretoria da Adepol/SE
Reprodução: www.imprensa1.com
Por: Diego Rios Sátiro de Moraes
Jornalista Diplomado DRT:1456/SE
Jornalista Diplomado DRT:1456/SE
Sócio na Empresa Deadline Comunicação
Assessor de Imprensa da Adepol
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