Com o intuito de esclarecer sobre o andamento da obra da Catedral de Aracaju e o papel de cada entidade envolvida, o Arcebispo, Dom João José Costa; o Secretário de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Valmor Barbosa, e a Superintendente do IPHAN/SE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe, Katarina Aragão, concederam entrevista coletiva à imprensa sergipana, na manhã desta sexta, 28 de novembro, na Cúria Metropolitana.
O Arcebispo Dom João ressaltou sobre a importância da Catedral para a Cultura sergipana e enalteceu o apoio da Seinfra, do IPHAN e da Secretaria de Estado da Cultura. “Obrigado aos parceiros, pois a catedral não tem tombamento federal e os recursos estão vindos pela Seinfra, que executa a obra, o Iphan que fiscaliza e libera os convênios e não podemos deixar de lembrar o papel da Secretaria Cultura que aprova os projetos e emite os pareceres”, esclareceu Dom João.
O Secretário Valmor Barbosa pontuou sobre as etapas em andamento, relatando que existe duas etapas que estão em fase de execução, sendo a primeira com noventa por cento de obras conclusas e a segunda na fase de cinquenta por cento. Na primeira etapa, foram feitos os serviços de recuperação do telhado e está sendo concluída toda fachada da Catedral, além de execução de nova instalação elétrica e serviço de proteção de descargas atmosférica. Na segunda etapa, começaram os trabalhos da parte interna, concentrando os serviços, em maior volume, na mudança do piso, recuperação de pinturas de parte das esquadrias e alvenarias, serviço de contenção de umidade e outros.
Para contextualizar:
As obras de restauro da catedral foram iniciadas em 2013 com o aporte do Banese e, em seguida da Assembleia Legislativa de Sergipe, somados, em valor de aproximadamente R$ 2 milhões, capitaneados via Fundação Arquidiocesana de Cultura. Os trabalhos foram paralisados no final de 2014 por falta de recursos.
A Arquidiocese iniciou, junto com o Governo do Estado, a captação de recursos encontrando apoio em alguns parlamentares federais que indicaram emendas parlamentares da união. Como a Catedral não tinha tombamento federal, somente estadual, o Governo do Estado assumiu receber os repasses para preparar as devidas licitações e retomada das obras, daí entrou a SEINFRA, para executar a obra e o IPHAN, por ser verba federal e ligada a Cultura, tem o papel de fiscalizar e aprovar os convênios. A primeira e segunda etapas já tem aporte garantido em torno de R$ 2.832.764,16.
Segundo Dom João, todos os envolvidos têm se somado para que a obra prossiga, porém, a burocracia acaba atrapalhando e dando a ideia de lentidão. Ele frisou que com a participação da SEINFRA e IPHAN as obras foram retomadas no dia 21 de abril de 2017, tendo atraso de pouco mais de duzentos dias em virtude de a Catedral ter que encontrar local para a continuidade de suas atividades. Por isso, foi construído um espaço na Rua Propriá, anexo a Rádio Cultura.
Outro problema relatado pelos entrevistados foi a mudança do piso que precisou ser suprimido do valor do contrato da segunda etapa, pois, foi detectado pela própria Arquidiocese, contratante dos projetos, que o piso escolhido não tinha uma durabilidade adequada para o volume de acesso de pessoas na igreja. Um novo processo licitatório para a mudança do piso está em andamento.
Mais três etapas estão previstas com emendas de 2017 e 2018 que darão continuidade aos trabalhos de restauro da Catedral de Aracaju em que os projetos estão em fase de aprovação e depois segue para processo licitatório. Os serviços a partir da terceira etapa são: adequação para acessibilidade de portadores de necessidades especiais, pinturas artísticas de toda nave central e demais elementos, que prosseguirão nas próximas etapas. A previsão de liberação de recursos para estas etapas está em tono de R$ 3.183.650,16, para a terceira, quarta e quinta etapa.
Até o momento, os parlamentares que destinaram recursos para a Catedral são: Senadora Maria do Carmo, Senador Eduardo Amorim, Senador Valadares e deputados: Laércio Oliveira, Valadares Filho, Adelson Barreto, André Moura e João Daniel.
Fonte: Ascom Arquidiocese