É comum ver pessoas andando com a cabeça baixa na Praça Camerino. Poderia até ser para evitar o sol forte que esquenta a capital sergipana, mas o motivo é outro.
O calçamento da praça pública de intensa rotatividade de pedestres – que se dá por sua proximidade a bancos, escolas e órgãos públicos – é composto de pedras portuguesas, que é onde mora o problema. Comerciante do local, Nehemias Francisco Santos, que está no local há 30 anos diz já ter presenciado vários acidentes: “Já passei álcool etílico para amenizar o ferimento de muita gente que caiu e se estatelou no chão”.
O fato se dá pela soltura de muitas das pedras, formando buracos que cada vez ficam maiores e mais fundos. Um monte delas é entulhado em cima do canteiro pelo pessoal da limpeza, e segundo Nehemias , levado em caminhão do órgão responsável, sem haver nunca uma reposição.
Valdeck Cavalcante, que passa todos os dias pela praça, descrente de reforma relata o episódio visto por seus olhos que por pouco não terminou em tragédia: “Um dia eu vi uma mulher segurando um bebê pisar em falso num buraco e cair. Deus ajudou ela ter conseguido segurar o bebê e só ter esfolado o joelho”. O mesmo também afirma já ter ajudado com remédios para cicatrização diversas vezes.
O comerciante antigo no local ainda reclamou da falta de policiamento constante, propiciando maus elementos a andarem por ali: “Semana passada eu vi duas mulheres ousadas descerem de cima a baixo com um facão na mão. Não roubaram mais de uma pessoa porque os homens que estavam podando as árvores correram atrás delas. Isso tudo e eram 3 horas da tarde”, constata o senhor Nehemias.
Por Felipe Coringa