Apesar de ter liberado, de forma gradual, vários segmentos do comércio – hotéis, autopeças, locadoras de veículos, cosmético, perfumarias, consultórios médicos, papelaria e serviços especializados – a Federação das Câmaras de Dirigentes (FCDL) reagiu de forma crítica à proposta do decreto governamental, editada ontem, 27 de abril, pelo fato de deixar de fora deste cenário, comércios importantes como calçados e confecções, sem maiores justificativas.
Na visão de Edivaldo Cunha, presidente da FCDL/Sergipe, alguns segmentos importantes ficaram de fora do decreto, no entanto outros de menor porte, como armarinhos e tecidos, tiveram aprovação para funcionar sem esse apelo comercial, “já que empregam pessoas em menor quantidade, enquanto que outros segmentos, tanto para empresários quanto para os trabalhadores, já necessitam do trabalho para sobreviverem”.
Edivaldo reconheceu que “houve avanços” na liberação gradual do comércio em alguns setores, mas, apesar disso, rechaça o fato de que o comércio poderá ser responsabilizado pelo crescimento do número de casos do Coronavírus, fato que ele “descarta totalmente”.
“Os governos federal e estadual deveriam, e não estão fazendo, uma fiscalização rigorosa nas agencias da Caixa Econômica e Lotéricas, onde não está havendo respeito ao distanciamento social, nem há pessoas para orientar a clientela quanto ao comportamento e medidas de proteção”, disse.
Ele aplaude a iniciativa das medidas de proteção no decreto, como uso obrigatório de máscaras e Equipamentos de Proteção (EPI), esperando que o governo reveja os próximos decretos, de modo a compatibilizar segmentos importantes e produtivos do varejo sergipano.
Fonte: Ascom FCDL