O golpe do WhatsApp continua fazendo vítimas em Sergipe. Enquanto que no primeiro semestre do ano passado foram registrados 20 boletins de ocorrência desse tipo no estado, nos seis primeiros meses deste ano esse número foi de 57 ocorrências comunicadas à Polícia Civil. Um aumento de 185%. Desse modo, a Delegacia de Defraudações e Repressão a Crimes Cibernéticos traz orientações para evitar ser vítima desse tipo de prática criminosa.
Os criminosos têm se aproveitado do isolamento social, em decorrência do enfrentamento à Covid-19, para aplicar cada vez mais esse tipo golpe. Com o distanciamento, as pessoas estão cada vez mais conectadas. O golpe ocorre a partir da clonagem de uma conta do WhatsApp. Os golpistas, então, passam a pedir dinheiro emprestado aos contatos das vítimas, se passando por elas.
Assim ocorreu com Virginia Campos Alves, que trabalha com vendas. Ela recebeu mensagem pedindo dinheiro emprestado. “Há uns meses, uma amiga me pediu dinheiro emprestado pelo WhatsApp. Mas a conta tinha sido clonada e eu não sabia. A mensagem dizia que era para fazer o pagamento de uma funcionária e que precisava do dinheiro urgente, e não tinha. Os golpistas fizeram o saque imediatamente. Infelizmente, sofri esse golpe”, contou.
A delegada Suirá Paim explicou que a incidência desse golpe aumentou no isolamento social. “O golpe da clonagem de WhatsApp, também conhecido como golpe de sequestro do perfil do WhatsApp, se intensificou na pandemia. E hoje representa mais da metade dos boletins de ocorrência registrados na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos. Uma das principais modalidades é quando o golpista se apropria do perfil da vítima e envia mensagens para os contatos solicitando dinheiro”, citou.
Ainda segundo a delegada, os golpes, geralmente, ocorrem a partir da disponibilização do número de telefone em sites de vendas. “O golpe ocorre quando a vítima faz um anúncio em um site de vendas. Então, o golpista entra em contato se passando por funcionário do site, solicita o código enviado por SMS, recebido no celular da vítima. De posse desse código, o golpista faz a reconfiguração do WhatsApp em um novo aparelho e bloqueia a conta da vítima, manda mensagens para o contato e informa uma conta para depósito”, detalhou.
Suirá Paim ressaltou a importância da denúncia e fez orientações para evitar cair no golpe do sequestro do WhatsApp. “Caso você tenha sido vítima, tente reconfigurar sua conta de WhatsApp. Mande mensagens para seus contatos informando sobre a fraude e registre o boletim de ocorrência. Algumas dicas para evitar ser vítima é fazer a verificação dupla no seu WhatsApp e desconfiar de toda a mensagem solicitando dinheiro. Não forneça nenhum código recebido por SMS e verifique contas fornecidas, pois normalmente essas são de terceiros desconhecidos e de fora do estado”, reiterou.
Fonte: SSP/SE