O Parque dos Falcões, localizado no município de Itabaiana, Agreste sergipano, agora faz parte do rol de pontos turísticos declarados como patrimônios culturais do Estado de Sergipe. Isso porque o Governo do Estado sancionou, na última terça-feira (13), a Lei 8.765/2020, que garante ao Parque dos Falcões o título. A medida traz como principal objetivo o reconhecimento da história e a importância da preservação do local, que atrai turistas para a região.
O secretário de Estado do Turismo, Sales Neto, destacou a importância da sanção da lei para o fomento do turismo dentro do estado de Sergipe. “Nós temos lá uma variedade de aves de rapina, jamais encontrada em nenhum outro local do nosso país, e penso que no mundo, não há nenhuma similaridade com a forma como o administrador, Percílio, cria esses animais lá. É um local que se torna oficialmente patrimônio do nosso estado, mas que já vem desempenhando um papel há muito tempo, pelo trabalho sério e abnegado e que leva milhares de turistas todos os anos para ver e conhecer esse atrativo maravilhoso do nosso estado. Vale muito a pena ir lá conhecer o local”, explicou.
O Parque dos Falcões é uma organização de proteção e acolhimento de aves de rapina, que trabalha no resgate e recuperação de animais desde 1999. A fim de conscientizar as pessoas da importância da preservação da vida animal selvagem, o Parque foi inserido no roteiro ecoturístico sergipano e é conhecido mundialmente. O parque possui autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que garante a proteção dos animais que vivem no local.
Os Parafusos
Também foi sancionada na última terça-feira (13), a Lei 8.767/2020, que declara o grupo folclórico ‘Os Parafusos’ como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado de Sergipe.
O Parafuso tem inspiração no tempo da escravidão, quando os negros fugitivos roubavam as anáguas das sinhás que estavam no quaradouro. Cobrindo todo o corpo com as peças, os negros saíam em noite de lua cheia pulando e dançando em busca de liberdade. Desta forma, criou-se a superstição e nenhum senhor saia à noite de casa com medo da assombração. Com a libertação dos negros, eles continuaram a tradição. As anáguas brancas que formavam um contraste com sua pele negra chamaram a atenção do vigário de Lagarto, o padre José Saraiva Salomão, que comparou o movimento dos brincantes ao de um parafuso, observando o rodopiar no sentido anti-horário, parecendo, assim, torcer e distorcer.
O grupo é exclusivamente composto por homens, que representam os negros escravos, e seguem trajando as anáguas, cantando e dançando pela cidade ao som do triângulo e tambores.
Fonte: ASN