Na sessão mista da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (25), o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) usou o seu espaço virtual para responder às ofensas sofridas através de um vídeo gravado pelo advogado Evaldo Campos. O motivo das ofensas, que circulam em redes sociais, é um pronunciamento feito na semana passada por Gualberto discordando de uma moção de aplauso em favor do empresário Luciano Hang, dono da Havan.
O deputado lembrou que não participou da sessão em que ocorreu a votação e que se estivesse presente votaria contrário à moção. Para isso, utilizou vários argumentos. Entre eles, o de que Luciano da Havan é um homem que participa das ações que pedem o fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, e ainda pede de volta a implantação da ditadura militar no Brasil.
“Logicamente, pede o fechamento dessa Casa parlamentar e todas as demais do país, porque ditadura militar não aceita parlamentos democráticos atuando”, disse.
O deputado ressalta ainda que o referido empresário defensor do governo Bolsonaro é citado pela imprensa nacional em notícias sobre sonegação de impostos atribuída às suas empresas, inclusive com condenações e processos em andamento. “Possivelmente exista alguém que defenda que se trata de um empresário que irá gerar empregos em Sergipe. Mas eu disse que não sou hipócrita, pois não adianta trazer alguns empregos e ser um grande defensor da política da morte. Porque o emprego só serve para os vivos”, afirma Gualberto.
Quanto ao referido vídeo divulgado em redes sociais pelo advogado Evaldo Campos, o deputado Gualberto definiu em poucas palavras: “Um vídeo vil e covarde”. Além disso, Gualberto revelou que procurou entender o que levou o advogado a gravar tal vídeo.
“Começo a pensar que pode ser porque Evaldo Campos já foi um advogado de sucesso, mas hoje não é mais, infelizmente. Mas é preciso que a gente se conforme com o funcionamento da vida. Tudo passa. Mas, quem sabe, ele está em busca de um novo cliente! Porque, afinal de contas, estamos falando de alguém que sonega impostos, segundo a imprensa. E essa poderia ser uma das razões do vídeo me atacando”, argumentou.
Para Francisco Gualberto, há muito subterfúgio na posição do advogado. “Ele não tem coragem de assumir que hoje é um defensor da anti-vida, um negacionista, um bolsonarista”, disse, alegando que Evaldo também cometeu o crime do preconceito, que sempre vem acompanhado do crime de ódio. Isso, que no vídeo Evaldo faz referências preconceituosas à estatura física de Gualberto. “Uma preferência clara por outro tipo de porte humano: alto, forte, musculoso, e eu não tenho nada a ver com isso”, rebate Gualberto. “Aliás, é um preconceito contra muitos nordestinos, pois grande parte da população é composta por homens e mulheres de baixa ou média estatura física. E me parece que o advogado Evaldo Campos não tem 2,20m. Ele nunca conseguiu jogar basquete, e devia pensar bem antes de praticar esse crime de ódio e discriminação”, aconselha o deputado.
Francisco Gualberto também lembra que há pouco tempo o advogado chegou a dizer que todos os deputados da Alese são bandidos. “Hoje ele vive num período de frustração muito grande. Sempre quis notoriedade, e no máximo chegou a ser vereador de Aracaju. Mas ele próprio disse que tinha vergonha do seu mandato. Então, a dubiedade, a falta de coragem de assumir posições, e aquele floreio nas palavras de um falso intelectual, levaram ele a não ter sucesso”, analisou, mandando um recado direto.
“Não seja tão vil, se aproveitando desse campo aberto das redes sociais para cuspir salivas, atacando um operário, nordestino, com estatura de 1,58m, mas que conseguiu muito respeito de muitos sergipanos sem precisar do senhor, que sempre foi um homem dúbio, pois falava de poesia para mascarar o crime que defendia”.
O deputado finalizou seu pronunciamento lembrando que durante sua vida política dirigiu dois grandes sindicatos de Sergipe (Químicos e Petroleiros), presidiu a CUT por dois mandatos, foi vereador de Aracaju, e está no quinto mandato de deputado estadual. Foi também líder de bancada em três governos (Marcelo Déda, Jackson Barreto e Belivaldo Chagas). “E tenho a honra de ser o vice-presidente desta Casa parlamentar, e possivelmente tudo isso ingere muita inveja em pessoas com a personalidade do ciúme”, disse.
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Por : Assessoria de Imprensa – Gilson Sousa – DRT 660/SE