Na entrevista que concedeu ao vivo nesta tarde de quinta-feira, 13, para este portal, a promotora informou que depois da inspeção, não viu nenhum problema grave apontado pelo HRAM. “Eu não tenho ouvido nenhuma crítica absurda e nenhum apontamento grave a ser feita contra o Hospital Regional Amparo de Maria”, salientou a promotora.
A Tribuna – Qual o objetivo da terceira visita da promotora ao Hospital Regional Amparo de Maria? Carla Rocha – O Ministério Público de Estância fez uma visita ao HRAM para que na prática a gente possa saber como está o atendimento atual do hospital e diante de laudos, que nós temos, e agora nós vamos tomar as providências, fazendo uma inspeção especial e analisando toda a documentação que MPE tem sobre este hospital.
A Tribuna – O que a senhora analisou sobre essa visita ao HRAM? CR – Nós verificamos que algumas mudanças já foram realizadas desde a minha última visita a essa casa hospitalar, que tem aproximadamente um ano e seis meses. A gente sabe que não é um serviço de excelência em comparação a todo Sistema Único de Saúde de todo Brasil, mas é um sistema, que está sendo prestado o mínimo de assistência à população. Quero assegurar a todos, que a assistência com um pouco de segurança do que é necessário, tem sido dado á população pelo hospital. Então eu não tenho ouvido nenhuma crítica absurda e nenhum apontamento grave a ser feita contra o Hospital Regional Amparo de Maria.
A Tribuna – A senhora ficou satisfeita com essa visita? CR-Não posso dizer satisfeita porque satisfeita a gente estaria se tivesse um serviço de excelência de saúde, que não é o que a gente vê aqui.
A Tribuna – Com referência aos médicos que atuam no HRAM, o que foi passado para a senhora? CR-Fui informada pelo diretor clínico, que a escala de plantão está fechada, mas que existem algumas questões que alguns médicos faltam, apresentam atestado de saúde, têm alguns problemas pessoais devidamente justificados, e por isso, muitas vezes não têm atendimentos médicos.
A Tribuna – Como o Ministério Público pode atuar diante da falta de médicos no HRAM? CR-Nós sempre estamos cobrando o fechamento da escala médica do hospital. Mensalmente nos é encaminhada essa escala de plantão pelo HRAM, e realmente nós não verificamos falhas pontuais, a não ser nesses casos que vão acontecendo no dia a dia, que não verdade é uma questão de gerenciamento do próprio hospital.
A Tribuna – Com a inauguração do novo hospital do Estado, o HRAM irá sofrer alguma paralisação? CR-Eu quero assegurar que essa é uma discussão que a gente não pode fazer agora. Isso será feito em momento oportuno, junto com a Secretaria de Estado da Saúde, junto com o Município e com a Fundação Hospitalar, para a gente saber qual vai ser o destino do HRAM. [b]
A Tribuna – E essa intervenção que já dura oito anos, tem algo a falar sobre esse assunto? CR-A intervenção é de ordem judicial, veio de uma Ação Civil Pública que nós interpusemos para garantir o Sistema de Saúde Hospitalar à população, então esse processo já foi julgado e essa intervenção vai perdurar até que o novo hospital seja inaugurado para que a população não fique sem assistência a saúde.
A Tribuna – Como fica a dívida do HRAM? CR-Existe uma dívida muito grande, todos têm conhecimento, mas essa questão já é alvo dessa intervenção judicial, e já existe uma sentença judicial, definindo essa questão do débito, que já está sobre a pendência de recursos
Redação A Tribuna Cultural.com.br
Gazeta de Estância.com.br