O veneno foi ministrado como se fosse carvão ativado, um dos tratamentos para a intoxicação por naftalina, motivo do internamento. Tão logo percebido o problema, ela foi levada ao Hospital Infantil Waldemar Monastier. “Foi salva porque o hospital fica ao lado, com poucos minutos a mais iria perder a vida”, disse o superintendente estadual da Vigilância Sanitária, Sezifredo Paz.
O caso aconteceu no fim de novembro, mas foi divulgado somente agora, após a Vigilância Sanitária receber o resultado dos exames realizados no Instituto de Criminalística de Curitiba, que comprovou tratar-se do aldicarbe.
No Paraná, a venda desse produto é proibida, embora seja liberada em alguns Estados.
Entre 2010 e 2011, foram registrados 245 casos de intoxicação no Estado, dos quais dez foram a óbito. Paz disse que está encaminhando um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a proibição de venda seja estendida a todo o País. “É muito tóxico”, afirmou. A criança foi atendida no setor de pediatria do centro médico e, pelo protocolo para desintoxicação por naftalina, após a lavagem gástrica deveria receber o carvão ativado.
Mas, entre os frascos desse produto, havia um com o “chumbinho”, que lhe foi ministrado. Ao perceberem que a criança piorava, foi conduzida ao Hospital Infantil, que pertence ao Estado, sendo internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ela já está em casa e, de acordo com os médicos, não deve ficar com sequelas.
Fonte: http://www.estadao.com.br
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