O período de chuva se aproxima em Aracaju e com ele cresce também o alerta de prevenção para as doenças mais comuns nessa época do ano.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta à população informando quais os cuidados que os cidadãos precisam ter no controle da dengue e da leptospirose. No caso da dengue, as chuvas, por si só, não provocam o aumento imediato do número de casos da doença.
É importante lembrar que o mosquito prefere colocar seus ovos em água parada. “Em situações de enxurrada, o desenvolvimento do inseto fica comprometido diante da vazão e do escoamento rápido dessa água”, explica Taíse Cavalcante, coordenadora da Vigilância Epidemiológica e do Programa Municipal de Controle da Dengue.
O grande cuidado desse período chuvoso se deve aos locais que podem servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti, que podem ser desde um copo plástico até uma caixa d’água não fechada adequadamente.
Durante esse período, a água fica armazenada em diversos locais e logo depois é aquecida pelo sol, tornando assim as condições perfeitas para desenvolvimento do mosquito. “Por isso, a preocupação e o alerta devem ser constantes para que a população evite armazenar entulho e pequenos depósitos de água em suas residências, pois o ovo pode ficar ressecado durante 450 dias (1 ano e meio), só esperando um pouco de água para eclodir e se transformar em mosquito adulto em um período de 7 dias. Se esse ovo já vem de uma fêmea infectada, ele já nasce transmitindo a doença”, alerta Taíse Cavalcante.
Leptospirose e os cuidados Taíse Cavalcante explica ainda que a leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina do rato e quando em contato com a água se espalha facilmente. “Quando uma pessoa entra em contato com água contaminada, mesmo que sem ferimento, a bactéria consegue entrar na pele. O alerta geral é que os sintomas, como febre, dor de cabeça e dores no corpo, podem se apresentar após um mês da pessoa ter sido infectada, por isso a importância do paciente relatar aos profissionais de saúde o histórico de exposição à água suja”, afirma a coordenadora.
Dados do Ministério da Saúde mostram que entre 90 e 95% dos casos registrados da doença se apresentam na forma leve e são frequentemente diagnosticados como síndrome gripal, virose, influenza ou dengue.
Porém, quando vem na forma grave, a letalidade pode chegar a 40%, o que pode ocorrer em 24 horas. Em Aracaju, a doença contabilizou no ano passado 36 casos notificados. Desses, 21 foram confirmados, levando a 6 óbitos.
A coordenadora ressalta que as ações de prevenção da Prefeitura Municipal são realizadas em duas frentes, tanto na atuação do Centro de Controle de Zoonoses, com ações de desratização, e com a coleta de lixo realizada pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos.
Contudo, independentemente dessas ações, a colaboração da população é essencial. “A primeira orientação é evitar entrar em contato com água e lama de enchentes. Já aqueles que trabalham nessas áreas devem sempre utilizar botas e luvas de borracha.
Outra regra geral é sempre manter o ambiente limpo, não deixando sobras de comida e colocar o lixo em sacos plásticos em locais fechados. A orientação é clara, ao sinal dos primeiros sintomas a pessoa deve procurar orientação médica para os devidos procedimentos”, finaliza a coordenadora.
Fonte: ASCOM/SAÚDE de ARACAJU ([email protected])
Foto: Trabalho intersetorial entre a SMS e a Emsurb (Foto AscomSMS)