No decorrer dos últimos sete meses, a campanha municipal de imunização contra covid-19, em Aracaju, aplicou 594.110 doses de vacina e conclui, na segunda-feira (23), o calendário de imunização do público adulto, chegando à marca de 424.979 aracajuanos vacinados com a primeira dose (D1), o que representa 63,91% de toda a população da capital sergipana.
Camisas temáticas, placas, registros fotográficos, lágrimas e olhares expressando sorrisos por trás das máscaras. Assim tem sido, diariamente, a campanha de imunização contra covid-19, que se tornou um verdadeiro evento em meio a uma batalha cujo adversário é invisível, mas causou e ainda provoca a perda de muitas vidas.
Para a secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, a organização e o planejamento da Prefeitura são fatores fundamentais para o avanço célere da vacinação da população aracajuana, medida imprescindível sobretudo neste momento em que a variante delta avança nas principais metrópoles do país.
“Mesmo antes de as primeiras doses de vacinas chegarem a Aracaju, já tínhamos um planejamento voltado para a imunização da população. À medida que temos perspectivas de novas doses, traçamos novo planejamento, de modo a oferecer à população um processo ordenado, célere, para viabilizar a imunização em Aracaju da melhor maneira possível”, destaca Waneska.
Segundo a gestora da pasta da Saúde de Aracaju, após a conclusão do calendário da população adulta, com 81,12% desse público vacinado, “comprovamos que esse planejamento tem dado certo”, frisa. “Agora, nosso apelo segue sendo para que a população mantenha os cuidados, mesmo os vacinados, até que tenhamos a maior parte da população geral contemplada com a vacina e a pandemia, de fato, controlada, sem o surgimento de novas variantes”, ressalta.
A primeira remessa de vacina chegou à capital sergipana no dia 18 de janeiro e, já no dia seguinte, a Prefeitura começou a vacinar os profissionais de saúde. Para dar ainda mais segurança a todo o processo, toda a equipe diretamente envolvida com a vacinação foi treinada e qualificada.
Outro ponto de destaque da vacinação em Aracaju foi a criação do VacinAju, portal para cadastro das pessoas dos grupos prioritários que seriam vacinadas, o que possibilitou à SMS um controle mais preciso da vacinação.
Além disso, mais um fator que contribui para a eficiência da campanha é a disponibilização estratégica dos pontos de vacinação, inclusive, hoje, com a estruturação de dois drive-thrus (Parque da Sementeira e 28º Batalhão de Caçadores), o que amplia a oferta para todas as regiões da cidade e facilita o acesso da população.
O aproveitamento das doses também se alinha à logística bem sucedida empregada durante a campanha. As doses que sobram no final do dia já foram utilizadas para imunizar idosos acamados, pessoas em situação de rua, trabalhadores da limpeza pública, estudantes de medicina.
Para otimizar a campanha de imunização na capital, a Prefeitura realiza busca ativa para a primeira e segunda doses. Na primeira, quando há sobras de doses nos pontos de vacinação, para que não haja perdas, a equipe do Programa Municipal de Imunização entra em contato com pessoas já cadastradas e aprovadas no site do VacinAju e que estejam dentro da idade vigente para vacinação.
Para a segunda dose também é feita uma busca ativa, em que a equipe do Programa Municipal de Imunização entra em contato com as pessoas que já estão aptas e que ainda não buscaram o serviço, diminuindo, assim, a taxa de absenteísmo.
Resultados
Os resultados da otimização da vacinação, em Aracaju, já tem sido observado no balanço dos números de casos, internamentos e óbitos por covid-19, na cidade, todos em queda.
Conforme o último boletim divulgado pela SMS, a capital sergipana possui, no momento, 50 pessoas internadas por covid-19, sendo que a taxa de ocupação de leitos municipais é de 12,7%, porcentagem que vem diminuindo ao longo das semanas.
O número de óbitos também tem registrado queda, sendo que, nas últimas 24h não foram registrados nenhum óbito. A gestora da Saúde de Aracaju reforça que a vacinação é ponto de extrema importância, no entanto, a pandemia ainda não acabou, e pôr fim a ela demanda um comprometimento coletivo.
“Enquanto coletividade, não podemos abandonar os cuidados preventivos. Hoje, no Brasil, inclusive em estados bem próximos de Sergipe, já existe a circulação da variante delta, portanto, é um equívoco as pessoas acharem que estão vacinadas e, por isso, estão livres, que podem tirar a máscara e fazer tudo o que se fazia antes da pandemia porque a vacina não vai impedir a contaminação, ela tem eficácia contra a evolução para casos graves e para óbitos porque a pessoa vai ter anticorpos de defesa que vão lutar contra aquele vírus e que vão amenizar a doença no corpo, o que é diferente de uma pessoa que não está vacinada, que não terá essas defesas”, diz. “Por isso, as barreiras precisam ser mantidas enquanto a grande parcela da população não estiver vacinada”, salienta.
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Por: Secom Aracaju