Em uma partida que teve muitas oportunidades de gol, mas em que ninguém conseguiu acertar o alvo, o Santos conseguiu empatar por 0 a 0 com o Peñarol no estádio Centenario, no Uruguai, e ficou a uma vitória simples de conquistar o tricampeonato continental.
A finalíssima acontecerá na próxima quarta-feira, no Pacaembu. Novo empate leva a partida para a prorrogação. Se persistir a igualdade, a decisão será nos pênaltis. Os gols marcados fora de casa não servem como critério de desempate nesta fase.
O time brasileiro busca o tricampeonato. Os uruguaios, vencedores das duas primeiras edições da Libertadores, vão atrás do hexacampeonato. As duas equipes reeditam, 49 anos depois, a final de 1962. Na ocasião, a equipe comandada por Pelé, Pepe, Coutinho e Mengálvio, venceu no Uruguai, perdeu na Vila Belmiro e ganhou o jogo desempate em Buenos Aires, na Argentina, e conquistou seu primeiro título da Taça Libertadores da América.
A final da edição 2011 da Libertadores coloca frente a frente uma equipe “operária”, mas com tradição de conquistas na base da raça, contra um time extremamente talentoso e que conta com um dos melhores jogadores da América do Sul.
A torcida do Peñarol lotou o estádio Centenario. Mais de 60 mil pessoas na arena uruguaia –que é sinônimo de história para o futebol mundial, palco que foi da primeira Copa do Mundo, em 1930–, empurravam o time carbonero.
O Santos entrou em campo com quatro desfalques importantes. Os laterais Jonathan e Léo, e o meia Paulo Henrique Ganso, machucados, além do zagueiro e capitão Edu Dracena, expulso na semifinal, contra o Cerro Porteño-PAR, não puderam jogar.
Como era de se esperar, o Peñarol iniciou a partida no campo de ataque. Pressionando muito. Rafael, aos 6min, saiu nos pés de Oliveira e evitou o gol uruguaio.
O Santos, com muito mais qualidade técnica, sempre que chegava ao ataque, leva perigo ao gol defendido por Sosa.
Os donos da casa pressionavam, na base da garra e da vontade. Mesmo assim, só isso foi suficiente para que os carboneros criassem pelo menos quatro boas oportunidades para abrir o placar na primeira etapa.
O time comandado por Muricy Ramalho, por sua vez, parecia um tanto quanto displicente. Sobretudo na marcação, onde o time, disperso, propiciou inúmeras ocasiões de bola parada ao Peñarol.
Pilares do time, Elano e Neymar tinham atuações distintas. Enquanto o camisa 11 buscava o jogo, criava espaços para o time e atazanava a defesa uruguaia, o meia tinha atuação apagada, errando muitos passes e falhando na marcação.
O resumo do primeiro tempo foi Peñarol controlando o jogo. O time perdeu boas chances de abrir o marcador, mas esbarrou na sua falta de qualidade na hora de marcar o seu gol.
A segunda etapa foi muito diferente. O Santos voltou muito mais disposto a jogar. E desde o começo a equipe foi controlando a partida. E começou a criar, e a perder, oportunidades em profusão para marcar o tento que lhe deixaria em grande vantagem na decisão.
As duas melhores chances sobraram para Zé Eduardo. Na primeira ele foi parado pelo goleiro Sosa, que fez espetacular defesa. Na segunda, o centroavante fez tudo certo, mas a bola cabeceada por ele saiu.
A superioridade do time da Baixada Santista durou até os 20min. A partir daí, o Peñarol voltou a tomar conta do jogo.
Só que mais uma vez a falta de qualidade foi decisiva para que o time não saísse vitorioso nesta primeira partida.
Já no fim do jogo, os anfitriões marcaram seu gol, mas Alonso estava impedido e o tento foi anulado corretamente.
Fonte: THIAGO BRAGA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA.COM
Foto: Iván Franco/Efe