O Movimento Polícia Unida denunciou as perseguições que vem sofrendo ao Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT/SE). Representantes das associações e sindicatos que compõem o Movimento estiveram reunidos em audiência virtual com o procurador-chefe do MPT/SE, Alexandre Magno Alvarenga, na manhã desta quarta-feira, 09, para delatar as ofensivas do governo do Estado à liberdade sindical.
Os dirigentes informaram a campanha ordeira e tranquila que o Movimento Polícia Unida vem fazendo há um ano e meio, assim como as retaliações que vem sofrendo, com ações que visam criminalizar o sindicalismo e tolher direitos básicos, como o de associação, de reunião, de expressão, de ir e vir, dentre outros.
O procurador-geral, Alexandre Alvarenga, informou na reunião que já havia determinado que fosse feita a distribuição do processo gerado a partir da Notícia de Fato dirigida ao MPT e que o órgão iria focar na defesa da liberdade sindical, mas que esperava que também houvesse um distencionamento para que as partes pudessem ter espaço para a negociação.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol/SE), Isaque Cangussu, avaliou a reunião como positiva e importante para o Movimento. “O procurador-geral do MPT/SE, Alexandre Alvarenga, nos deu a oportunidade de historiar o que o Movimento Polícia Unida vem passando nesse um ano e meio de luta. Confirmou que o Ministério Público do Trabalho atuará buscando preservar as nossas garantias sindicais, tanto dos dirigentes, quanto dos filiados. Então, ficamos satisfeitos com o resultado da audiência. Certos de que o MPT, uma instituição tão cara, especialmente para a classe trabalhadora, agirá na preservação dos nossos direitos e da nossa liberdade sindical”.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), Adriano Bandeira, ressaltou a importância do Movimento Polícia Unida para as categorias policiais e bombeiros, assim como seu reflexo positivo na sociedade. “Nós lidamos com a dificuldade de estrutura e com a dificuldade do efetivo policial, independentemente de ser na capital ou no interior. Esse Movimento tem dispensado à sociedade uma leveza nos trabalhos policiais de integração que só sabe quem precisa da atividade policial”.
Outras instâncias
Esta foi a segunda instituição para a qual o Movimento denunciou as ações que visam criminalizar o sindicalismo e tolher direitos básicos daqueles que participam dos atos em prol de valorização e dignidade. “Na tarde de ontem, protocolamos um pedido de apoio à Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Sergipe (OAB/SE) contra os ataques à liberdade sindical. Está marcada para a próxima semana uma reunião com o presidente da Ordem. Continuaremos a denunciar os atos antissindicais para outras instituições que defendem os direitos humanos, trabalhistas e sindicais”, explica Isaque Cangussu.
O Movimento Polícia Unida também buscará por meios legais a transparência dos atos administrativos relacionados à elaboração dos projetos, visto que tamanho sigilo observado não se coaduna com o princípio constitucional da publicidade na Administração Pública.
Assembleia
Diante da demora na contraproposta, as lideranças resolveram convocar uma nova Assembleia-Geral do Movimento Polícia Unida, em frente ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE), na próxima terça-feira, 15, às 15h, onde será posta em votação a realização de um grande ato público para demonstrar indignação e chamar a atenção da sociedade.
Ascom: Adepol