Doença inflamatória autoimune e que pode até levar a óbito se não for tratada corretamente.O lúpus, que segundo estimativas atinge 65 mil pessoas no Brasil, é uma das doenças abordadas durante a campanha Fevereiro Roxo, que busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
Segundo a reumatologista cooperada Unimed Sergipe, Patrícia Fontes, o lúpus não tem uma causa definida, mas existem fatores genéticos, hormonais e ambientais que podem influenciar o surgimento da doença.
“Se existe alguém na família com lúpus, há uma maior probabilidade de existir outros familiares também com a doença. O lúpus é 10 vezes mais comum em mulheres, então, tem associação com os hormônios femininos. Além dos fatores ambientais, como o uso de medicamentos”, esclarece Patrícia.
Muito se associa o lúpus a apenas dores articulares. No entanto, a reumatologista explica que a doença apresenta outros sintomas, como febre baixa diária, dores de cabeça, manchas na pele, sensibilidade ao sol, queda de cabelo acentuada, aumento dos gânglios e, em caso de complicações, pode afetar os rins, o cérebro e o coração.
“Primeiramente, é preciso ver a história clínica do paciente, saber o que ele tem sentido, examinar para ver se há alguma mancha, gânglio alterado. Além disso, solicitamos exames que podem vir positivos em pacientes com lúpus, como o de urina. Muitas vezes, a doença provoca uma perda de proteína e a urina fica muito espumosa. Isso é um sinal de que pode haver alguma alteração renal”, esclarece a médica que atende no Núcleo de Atenção Integral à Saúde da Unimed Sergipe (Nais).
Tratamento
Para se obter sucesso no tratamento do lúpus, é necessário seguir à risca as recomendações médicas que, além do uso de medicamentos, também incluem evitar exposição ao sol, fazer visitas periódicas ao reumatologista e a realização de constantes exames laboratoriais. Além disso, o acompanhamento psicológico também é importante. “O atendimento psicológico é fundamental para os pacientes que estão mais ansiosos, mais preocupados, porque o estresse acaba exacerbando os sintomas de lúpus, principalmente na pele”, pontua Patrícia.
Gestação
Como o lúpus tem maior incidência em mulheres dos 15 aos 35 anos, ou seja, em idade fértil, muitas pacientes se questionam se podem ou não engravidar e como será esta gestação. A reumatologista explica que, antes de engravidar, é preciso fazer um controle da doença.
“É possível engravidar, mas a gente espera que a paciente fique pelo menos dois anos com a doença sem nenhuma alteração. Após esse período, a gente pode até recomendar a gravidez, mas nada garante que não vai haver nenhuma complicação. No entanto, estatisticamente, há uma menor chance de haver complicações na gestação depois de dois anos com a doença controlada”, afirma a médica.
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Por: Ascom Unimed <[email protected]>
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