O senador Laércio Oliveira (PP-SE) destacou a importância do edital para contratação de dois navios-plataformas pela Petrobrás, que irão ser alocados no Projeto Sergipe Águas Profundas, possibilitando ampliar a produção de gás nacional na região Nordeste. O projeto se destaca pelas reservas expressivas, com potencial de impulsionar a oferta de gás natural no país e reduzir nossa dependência à importação desse insumo.
Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), as unidades serão estratégicas para ampliar a produção de gás natural. Cada plataforma terá capacidade de processar, até 120 mil barris de petróleo por dia (bpd). O óleo da região é leve, considerado de boa qualidade, entre 38 e 41 graus API [que mede a densidade dos líquidos derivados do petróleo] e de maior valor comercial. Juntas, as duas unidades terão potencial de ofertar até 18 milhões de m3 de gás por dia.
Laércio é um dos grandes incentivadores da retomada econômica do país. Ele atuou junto ao Governo Federal pela reabertura da antiga Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN) hoje Unigel Agro. A Nova Lei do Gás, que ele foi relator na Câmara dos Deputados, criou as condições para a abertura do mercado de gás natural, estimulando a concorrência nos diversos elos da cadeia produtiva, culminando com a retomada da produção de amônia e ureia pela Unigel, em agosto de 2021, após mais de dois anos de hibernação.
Outra pauta defendida pelo senador sergipano foi a operação de desinvestimento do Polo Carmópolis, conjunto de 11 concessões de campos terrestres (onshore) para a empresa Carmo Energy S.A, importante para toda a região. Nos últimos dois anos, Laércio participou de inúmeras audiências no Ministério das Minas e Energia cobrando a conclusão da operação de venda de ativos da Petrobras em prol da economia de Sergipe, fato que se consolidou no final do ano passado. A produção média do Polo Carmópolis em novembro de 2022 foi de 5 mil barris de óleo por dia – com previsão de chegar a 30 mil barris/dia – e de 22 mil m3/dia de gás.
“Esse edital para contratação das duas Unidades Flutuantes de Armazenamento e Transferência (FPSOs) do Sergipe Águas Profundas na forma de afretamento será fundamental para termos uma maior segurança com relação ao cronograma do projeto SEAP, já que é o caminho crítico do projeto, sendo o prazo de produção das unidades de pelo menos 39 meses. O projeto é consistente com a estratégia da Petrobras de focar em ativos em águas profundas com elevado potencial de geração de valor, resiliente a cenários de baixos preços de petróleo e com baixa emissão de carbono por barril produzido. Os investimentos da Petrobras nessa nova fronteira abrirão uma série de oportunidades para a indústria e, como consequência, ampliarão a geração de empregos, impostos e tributos na região”, disse o senador.
Laércio participou de diversas reuniões com a Presidência e a Diretoria de Exploração e Produção para discutir o projeto SEAP, entender a sua concepção inovadora de fazer o processamento do gás natural na própria unidade, de forma que o gás a ser escoado já estará nas condições de especificação da ANP. “A nossa satisfação é ainda maior por termos acompanhado todo esse processo. A partir da contratação dos dois navios, as demais etapas para a implantação do projeto serão desencadeadas, com a implantação do gasoduto de escoamento e das instalações subsea”, disse o Senador.
Sergipe Águas Profundas
O Sergipe Águas Profundas vai viabilizar no país um novo marco tecnológico: a implantação de um projeto de produção em profundidade d´água acima de 2.500 metros (alcançando até 3 mil metros), incorporando inovações de última geração. Os dois FPSOs serão unidades afretadas e, nas suas especificações técnicas, a Petrobras utilizou soluções avançadas – como o aprimoramento no sistema de tratamento e injeção de água produzida no reservatório, além de novas tecnologias com maior eficiência na redução das emissões de gases de efeito estufa.
O planejamento para o início da produção do SEAP era, originalmente, para 2026, contudo, após o cancelamento da primeira licitação, a previsão é de que tenha início apenas em 2027. Em dezembro de 2021, foi declarada a comercialidade de sete campos em águas profundas na Bacia de Sergipe-Alagoas: Agulhinha, Agulhinha Oeste, Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Cavala e Palombeta.
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Por: André Carvalho/Ascom