Nesta quarta-feira, 26, a Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) completa 149 anos de existência. A entidade surgiu da iniciativa de um grupo de homens visionários, tendo à frente o empresário português Antônio Martins de Almeida, que enxergou a necessidade de enfrentar as dificuldades que o setor produtivo tinha naquele momento, como a falta de uma agência de crédito, de um porto, de vias de comunicação, dentre tantas outras demandas.
Ou seja, ela surgiu com a alma do associativismo, algo que sempre guiou os caminhos dessa organização. Um despertar dentro da consciência e a importância de se organizar em torno de objetivos comuns. E assim tem sido até os dias de hoje. De lá para cá, a Acese esteve em pautas sensíveis ao nosso Estado. São várias situações: nos anos 50, agiu intensamente junto às autoridades para a instalação de uma agência do Banco do Nordeste.
Na década seguinte, a Acese liderou uma campanha reivindicando a transferência da sede da RPNE da Petrobras de Alagoas para Sergipe, o que de fato ocorreu em 1969. Em atos mais recentes, podemos citar, com muito orgulho, a luta contra a Lei das Placas, que traria grandes dificuldades para os comerciantes naquele momento. Conseguimos evitar a cobrança por parte da Prefeitura.
Enfim, ao longo desses 149 anos, a Associação Comercial sempre reafirmou seu compromisso com o setor produtivo e com a sociedade sergipana. O cálculo que faço é que temos conseguido uma contribuição bastante positiva. Estamos a par de todas as pautas importantes para o nosso segmento e buscamos construir um debate amplo e que traga resultados.
Lógico que é um trabalho grande e que tem que ser desenvolvido diuturnamente. Não tem sido fácil. O comércio sentiu fortemente os efeitos da crise provocada pelo vírus – primeiro com o período de fechamento, depois com a queda do movimento nas lojas. É uma época de grandes desafios para todos, onde de uma hora para outra surgiu a necessidade de se reinventar. Esperamos que até o próximo ano as coisas voltem à normalidade.
Neste momento em que o Coronavírus maltrata paralelamente a saúde e a economia, a Acese organizou reuniões com o poder público e entidades parceiras a fim de trazer soluções que pudessem amenizar os efeitos devastadores do fechamento das atividades econômicas em virtude da pandemia. Protocolou ofícios com sugestões para a reabertura da economia. Encabeçou a campanha Compre do Pequeno visando dar fôlego aos pequenos comerciantes.
Nos adequamos também, cortando despesas e maximizando ações, um sacrifício que o momento exigia. Ainda assim, conseguimos realizar uma grande campanha de fim de ano, com o sorteio de um carro zero km. O apoio de entidades e o esforço dos comerciantes foi fundamental. Esperamos agora o apoio de todos, principalmente do poder público, para que a nossa economia seja reerguida e os empregos perdidos durante a pandemia sejam recuperados.
Agora, olhamos para o futuro. Ano que vem, a Acese completará 150 anos. É certo que faremos uma grande comemoração, do tamanho que a instituição merece. Chegar a um século e meio de vida, com um trabalho reconhecido pela sociedade é motivo de muito orgulho para todos nós. Seguramente, junto com a diretoria e os associados, vamos continuar honrando a grande história da nossa entidade.
Marco Pinheiro
Presidente
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Por :Daniel Almeida Soares
JornalistaDRT 1806/SE